Superávit da balança comercial cai 15,85%
As exportações de Minas Gerais, ao longo dos sete primeiros meses do ano, movimentaram US$ 23,8 bilhões e mantiveram o resultado positivo, superando em 4,6% o valor registrado em igual intervalo de 2021. No período, as importações cresceram 48,3% e chegaram a US$ 10,05 bilhões.
Com o resultado, a balança comercial do Estado encerrou o intervalo de janeiro a julho com um saldo de US$ 13,81 bilhões. Apesar do superávit, o valor registrado ficou 15,85% inferior.
Ao todo, os embarques de Minas Gerais destinaram ao mercado mundial 94,07 milhões de toneladas, volume que ficou 1,42% menor que o registrado nos primeiros sete meses de 2021.
Os dados da Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais (Secint) do Ministério da Economia mostram que, em julho, o valor gerado com as exportações mineiras foi de US$ 3,4 bilhões, 17,6% menor que o registrado em igual mês de 2021, quando os embarques movimentaram US$ 4 bilhões.
Ainda na mesma base de comparação, as importações do Estado chegaram a US$ 1,8 bilhão no mês, aumento de 80% ante os US$ 1 bilhão um ano antes.
Entre os produtos exportados pelo Estado – no acumulado do ano até julho -, a maior receita veio dos embarques do minério de ferro e seus concentrados. As exportações do produto atingiram um faturamento de US$ 7,7 bilhões, queda de 33% ou US$ 3,7 bilhões a menos se comparado com o mesmo intervalo de 2021, quando os embarques estavam em US$ 11,4 bilhões. O produto é o mais exportado pelo Estado e responde por 32% dos envios até julho.
A queda no faturamento dos embarques de minério é resultado da desvalorização dos preços da tonelada, influenciada pelo lockdown na China e os estoques formados no país.
Em relação ao volume, foram exportadas 82,1 milhões de toneladas de minério, queda de 2,47% frente ao mesmo período do ano anterior.
Os embarques de café ficaram positivos e com expressiva alta de 68,4%. A venda do produto para o mercado externo movimentou US$ 3,9 bilhões, uma variação positiva de US$ 1,6 bilhão. O grão respondeu por 16% do faturamento das exportações estaduais nos primeiros sete meses do ano. Ao todo, foram embarcadas 979 mil toneladas de café, queda de 1,16%.
Destaque também para o desempenho positivo dos embarques de soja. No período, o faturamento chegou a US$ 2,5 bilhões, aumento de 47,1% se comparado com o mesmo período do ano passado (US$ 1,71 bilhão). Os envios somaram 4,1 milhões de toneladas, aumento de 6,1%.
Os embarques de ferro-gusa, spiegel, ferro-esponja, grânulos e pó de ferro ou aço e ferro-ligas foram responsáveis pela movimentação de US$ 2,2 bilhões, valor que superou em 29,7% o montante registrado no mesmo intervalo de 2021.
As vendas de ouro, não monetário (excluindo minérios de ouro e seus concentrados), somaram US$ 966 milhões, queda de 5,5% e participação de 4% na pauta exportadora de Minas.
Compras de fertilizantes disparam
Nas importações, a maior parte foi de adubos e fertilizantes químicos (exceto fertilizantes brutos). As compras de Minas totalizaram US$ 1,27 bilhão, aumento de 170% frente ao mesmo período do ano passado. Os adubos e fertilizantes responderam por 13% do total importado pelo Estado.
Entre janeiro e julho, Minas Gerais teve como maior parceiro comercial a China. As exportações para o país asiático somaram US$ 9 bilhões, 9,7% menor, com variação absoluta de menos US$ 961 milhões. Apesar da queda, a participação da China ficou em 38%.
Em segundo lugar, ficaram os Estados Unidos, com um faturamento gerado com os embarques de US$ 2,2 bilhões e alta de 65,3%. O país respondeu com participação de 9,3%. A comercialização com a Alemanha movimentou US$ 1,06 bilhão, valor 34,6% maior e participação de 4,4% no período.
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