Terra Brasil negocia com investidores estrangeiros projeto de R$ 2,4 bilhões em Minas

A Terra Brasil Minerals negocia com investidores estrangeiros em busca de recursos bilionários para extração de fosfato, potássio, e terras raras em Patos de Minas e Presidente Olegário, no Alto Paranaíba. O projeto prevê aportes de R$ 2,4 bilhões no triênio 2025-2027.
Os investidores são de países como Austrália, Canadá, Estados Unidos, Inglaterra, entre outros, e foram identificados pela Genial Investimentos, contratada pela Terra Brasil como assessor financeiro exclusivo.
O principal foco das operações será a produção de fósforo e potássio, utilizados na fabricação de fertilizantes agrícolas, por meio do mineral kamafugito. Com a produção desses minerais, o Brasil diminuirá sua dependência por fertilizantes importados.
O kamafugito é rico em fosfato, potássio e terras raras. A jazida analisada tem 3,1 bilhões de toneladas do mineral, que podem ser exploradas por até 50 anos. Duarte explica que no início da operação serão exploradas cerca de 100 mil toneladas por ano, mas a capacidade plena de produção após os testes será de 1 milhão de toneladas/ano.
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O CEO da Terra Brasil, Eduardo Duarte, afirma que a participação de investidores brasileiros não está excluída do negócio. “Os investidores nacionais com certeza vão participar do processo e lá tem espaço para mais, por exemplo, pode-se criar um joint venture. A empresa vai extrair fósforo, outra fazer os fertilizantes, outra empresa vai produzir as terras-raras”, disse Duarte.

A exploração de terras-raras não está incluída nos aportes de R$ 2,4 bilhões, ou seja, caso seja criada uma planta de concentração no local, serão necessários mais investimentos. “Vai depender de quem for o nosso parceiro nas terras-raras, que pode ser construído ali também”, ressalta Duarte.
Ele afirma que a possibilidade de uma joint venture entre os investidores é estudada pela Genial Investimentos, que estrutura a operação financeira. “É isso que a gente está buscando fazer, essa busca de investimento exatamente para criar uma joint venture aí entre fertilizantes, terras-raras, são players que vão fazer esse trabalho”, declarou.
Eduardo Duarte explica ainda que a produção de fertilizantes da Terra Brasil Minerals no Alto Paranaíba poderá ser toda consumida num raio de 200 km da produção, já que a unidade está localizada em uma região agrícola.
O CEO se orgulha do patamar que o projeto chegou, com o prenúncio de investidores estrangeiros, para um produto 100% nacional, com a participação de universidades brasileiras e instituições de pesquisa e fomento do País, que pode diminuir a dependência do Brasil do exterior por conta dos fertilizantes.
“A expectativa nossa é que a gente acerte mais rápido com esses investidores que já estão aí, para que a Terra Brasil possa nos próximos anos estar já colocando no mercado o seu produto final, nosso fertilizante, carro chefe do grande volume de minérios da Terra Brasil”, declarou..
Terra Brasil estuda acordo com VLI
A Terra Brasil já investiu R$ 220 milhões em pesquisas de viabilidade técnica e econômica de exploração da jazida, obtenção de licenças, desenvolvimento de tecnologias para extração e concentração dos minerais na região.
Foram encontrados cerca de 15 elementos de terras-raras no projeto da empresa. Os estudos apontam que, em uma estimativa conservadora, o volume de terras-raras chega a ser 1,5% da reserva de 3,1 bilhões de toneladas de kamafugito.
A empresa também assinou um memorando de entendimento (MoU) com a companhia de logística VLI para a possibilidade da construção de uma ferrovia shortline, que são linhas de menor distância que conectam pontos próximos mais importantes dentro da linha férrea, para conexão com a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA). A FCA passa pela cidade de Patrocínio, a 85 km das bases da empresa.
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