Economia

Uberlândia abre licitação de R$ 72 mi para obras de drenagem

Sessão pública para apresentação de propostas está marcada para 13 de janeiro de 2026; ação visa mitigar alagamentos em uma das mais importantes avenidas da cidade
Uberlândia abre licitação de R$ 72 mi para obras de drenagem
Cidade do Triângulo Mineiro quer lançar, pelo menos, três pacotes de obras que consigam suportar alagamentos | Foto: Reprodução Adobe Stock

Encontra-se em aberto uma licitação da Prefeitura de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, no valor global estimado de cerca de R$ 72 milhões para a realização de obras de drenagem nos córregos Lagoinha e Mogi. A iniciativa busca mitigar problemas de alagamentos na avenida Governador Rondon Pacheco, umas das mais importantes vias do município.

A sessão pública para propostas está agendada para o dia 13 de janeiro de 2026. A concorrência é no formato de contratação integrada, ou seja, a empresa vencedora do certame fica responsável tanto pela elaboração de projetos executivos quanto pela execução das intervenções.

“Temos um problema sério na cidade de Uberlândia relacionado à drenagem da Rondon Pacheco. Tivemos vários eventos históricos de alagamentos que, nos últimos anos, com as mudanças climáticas, se agravaram e ficaram mais frequentes. No ano passado, nos três primeiros meses de chuva, entre outubro e dezembro, tivemos cinco alagamentos na avenida”, ressalta o secretário municipal de Infraestrutura, Guilherme Marques.

Ele explica que, visando diminuir os alagamentos, a prefeitura contratou, anteriormente, estudos que previam a construção de sete reservatórios de retenção na localidade. O primeiro foi construído e entregue em 2024, com um investimento de aproximadamente R$ 17 milhões. Os outros seis “piscinões” serão implementados no âmbito dessa licitação.

Segundo Marques, até o início de fevereiro do próximo ano, a prefeitura deve entregar a ordem de serviço para a contratada, que a partir daí terá 30 meses para elaborar os projetos executivos e executar as obras. A previsão é que as intervenções comecem em maio, quando a cidade estará no período de seca, e as represas não precisam ser construídas de forma linear.

“A empresa não precisa começar pela represa A, B ou C. Ela tem liberdade e o que precisa é entregar dentro do prazo. Obviamente, vamos sugerir que a empresa comece a construir pelas maiores, que assim que forem entregues, a gente já consegue colher os frutos”, diz.

Prefeitura realiza novos estudos para solucionar de vez os alagamentos

O secretário de Infraestrutura de Uberlândia afirma que, após a conclusão das obras previstas na licitação, a primeira parte da solução completa dos alagamentos na Rondon Pacheco terá sido concluída. De acordo com ele, ainda há mais obras para fazer.

Conforme Marques, o Executivo municipal iniciou, em junho, um novo estudo, previsto para ser finalizado no mesmo mês de 2026, que apontará as novas intervenções que precisam ser realizadas para solucionar de vez os problemas. A ideia é lançar pelo menos três pacotes de obras que consigam suportar os eventos de alagamentos em espaços de tempo, por exemplo: o primeiro suporta chuvas extremas em dez anos; o segundo em 25; o terceiro em 100.

A atual gestão, segundo ele, comprometeu-se a executar o primeiro pacote de obras, que pode demandar investimentos da ordem de R$ 200 milhões a R$ 300 milhões. Os demais, segundo ele, ficarão para as próximas gestões definirem se vão implementá-los.

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