Usiminas quer reduzir 15% das emissões com descarbonização

A Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais (Usiminas) traçou um plano de descarbonização para a redução de emissões de gases de efeito estufa das suas operações. O objetivo é reduzir 15% das emissões de CO2 por tonelada de aço bruto produzido até 2030, tendo como base o ano de 2019. A atuação será por meio de quatro eixos. Um deles, a eficiência energética, foi alcançado com a reforma do Alto-Forno 3, em Ipatinga, no Vale do Aço. A maior produtividade do equipamento já possibilitou redução de emissões.
Os outros caminhos da descarbonização percorridos pela Usiminas serão a energia renovável, por meio de um parque solar; a otimização do mix de matérias primas dos processos, com mais uso de sucata metálica na fabricação do aço; e a substituição parcial do carvão e coque siderúrgico pela biomassa.
A Usiminas investiu R$ 2,7 bilhões na modernização do Alto-Forno 3, o maior da empresa. O equipamento é responsável por 70% da produção de aço da siderúrgica. “Um investimento que teve parcela dele atrelado à agenda de descarbonização. É uma agenda de ganha-ganha, com foco em eficiência, em produtividade e que suporta a agenda de descarbonização”, declara o diretor de Sustentabilidade e Relações Institucionais da empresa, André Chaves.

O diretor aponta que, ao buscar a melhor tecnologia disponível para tornar o Alto-Forno 3 um dos mais eficientes do mundo, a Usiminas conseguiu um suporte decisivo no plano de descarbonização.
Usiminas investe em energia solar para descarbonização
Este ano, em Luziânia (GO), começa a construção do parque de geração de energia fotovoltaica da Usiminas, em parceria firmada com a Canadian Solar. Com investimentos estimados em R$ 1,35 bilhão, a previsão é que o parque entre em operação em janeiro de 2025.
Assim, a siderúrgica terá a capacidade para autoprodução de 30 megawatts (MW) médios de energia renovável por 15 anos. O volume representa cerca de 12% de toda a energia consumida pela Usiminas. “A gente deixa de ir ao mercado para fazer aquisição, uma vez que passamos a ser autoprodutores. Isso que é o suporte a estratégia com energia limpa, com energia renovável a partir dessa planta solar”, afirma Chaves.
Descarbonização pela biomassa
A siderúrgica do Vale do Aço aposta também em uma substituição de parte do seu consumo de carvão mineral pela produção de carvão vegetal a partir da biomassa, explica André Chaves. “No nosso parque industrial, identificamos algumas oportunidades onde a biomassa, nesse primeiro momento, dentro desse plano proposto em forma de carvão vegetal, pode ser usada em substituição ao coque siderúrgico, especialmente nas frações mais finas”, finaliza.
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