Vale e grupo chinês devem investir no Pará

São Paulo – O grupo China Communications Construction Company (CCCC) e a mineradora Vale planejam a instalação de uma laminadora de aço no Pará, com um investimento de US$ 450 milhões, informou o governo paraense.
De acordo com a Vale, pelo protocolo de intenções , a empresa apoiará o projeto através da emissão de garantias que viabilizem o financiamento a ser contratado pela Concremat/CCCC, “em valores a serem acordados posteriormente e inferiores ao valor do investimento total”
“Essa forma de apoio é eficiente por minimizar o compromisso financeiro da Vale, em linha, portanto, com nosso pilar estratégico de alocação de capital eficiente”, disse a Vale em nota o mercado.
A usina será instalada em Marabá, sudeste do estado, de acordo com protocolo de intenções, segundo informação do governo do Pará.
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Esse pode ser um movimento importante para agregar valor ao minério de ferro, produzido em larga escala pela Vale no estado, onde a companhia opera o complexo de Carajás.
“Pela primeira vez em mais de quatro décadas de exploração mineral no território paraense, o Pará dispõe de um novo modelo produtivo para a cadeia do minério de ferro, que torna possível a implantação de uma usina laminadora de aço em Marabá…”, disse o governo do Pará em nota.
Segundo o governo, o empreendimento tem “capacidade para alavancar a economia de dezenas de municípios mineradores, produtores de matéria-prima de alta qualidade, com grandes estoques para assegurar produtos de ponta”, para os mercados da construção civil, de equipamentos agrícolas, de empresas automotivas e de máquinas e equipamentos.
O anúncio do memorando ocorre em um momento em que a Vale tem lidado com as consequências do desastre mortal de Brumadinho, que levou a companhia a registrar prejuízo líquido de 1,64 bilhão no primeiro trimestre. O desastre provocou ainda o primeiro Ebitda ajustado negativo da história da mineradora.
Em teleconferência de resultados no início do mês, a Vale afirmou que poderá levar até três anos para voltar a atingir ritmo de produção de minério de ferro antes planejado para 2019, que seria um recorde, em meio a uma nova agenda que coloca em primeiro plano segurança e excelência operacional, em resposta ao desastre de Brumadinho.
“O protocolo de intenções reforça o compromisso da Vale e fortalece o apoio à licença para operar no estado do Pará, em linha com o pilar estratégico de criação de um novo pacto com a sociedade e foco na atuação como vetor de desenvolvimento econômico local”, acrescentou a companhia em nota. (Reuters)
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