Economia

Venda deve cair 30,7% para Dia dos Namorados

Venda deve cair 30,7% para Dia dos Namorados
Crédito: Adão de Souza / PBH

O Dia dos Namorados deverá registrar um número menor de vendas neste ano. Em Minas Gerais, é esperada uma retração de 30,7% em relação ao mesmo período de 2019.

A projeção foi feita pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e leva em conta os reflexos da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) sobre a economia.

De acordo com o economista-chefe da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio MG), Guilherme Almeida, o recuo já vinha sendo esperado. Ele lembra que outras datas comemorativas, que inclusive têm um peso maior, como o Dia das Mães e a Páscoa, também apresentaram queda neste ano e serviram como uma referência. O Dia dos Namorados é a sétima melhor data para o segmento comercial.

“Esse recuo se deve a toda a nossa conjuntura econômica atualmente. A pandemia tem impossibilitado as operações de diversos estabelecimentos. Além disso, há deterioração no emprego, renda e confiança, os três pilares para o consumo. Há certa cautela das pessoas em relação aos gastos, o que inevitavelmente reflete nas vendas”, afirma.

O economista-chefe da Fecomércio MG lembra também que ainda há estabelecimentos na Capital e em outras cidades mineiras impedidos de funcionar fisicamente, como é o caso das lojas de vestuário – um dos itens mais procurados para presente. Isso também influencia os números negativamente.

Os dados da CNC, inclusive, apontam para essa realidade. De acordo com a entidade, a maior queda nas comercializações deverá ser realmente nas lojas de vestuário, calçados e acessórios (-71,3%). Posteriormente, vêm os estabelecimentos especializados em informática e comunicação (-58,3%) e o comércio de utilidades domésticas e eletroeletrônicos (-55,8%).

Ações – Apesar das previsões de queda para o Dia dos Namorados, Guilherme Almeida ressalta que os números negativos não significam que não haverá demanda. “Ela existe, sim, mas tende a ser inferior”, diz.

É justamente por isso que os empresários devem pensar em ações para que possam vender mais, conforme destaca o economista-chefe da Fecomércio MG.

De acordo com ele, é muito importante o investimento em modalidades de venda que permitam alcançar o consumidor. É o caso, por exemplo, do e-commerce, com os marketplaces e comercializações nas redes sociais.

“Os consumidores, geralmente, avaliam as percepções dos outros nesses locais. Consultam as avaliações”, destaca.

Guilherme Almeida frisa ainda que bares e restaurantes, em algumas cidades mineiras, por ora, estão proibidos de servir alimentos e bebidas em suas dependências. No entanto, podem investir nos serviços de entrega, uma vez que o segmento costuma ser bastante solicitado no Dia dos Namorados.

“Os varejistas podem aproveitar esse modo de operar. São medidas que tendem a atenuar os impactos negativos e não revertê-los em sua totalidade”, frisa ele.

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas