Vendas do comércio varejista crescem 2,2% em janeiro na capital mineira

As vendas do comércio varejista de Belo Horizonte subiram 2,2% no mês de janeiro de 2025 em comparação com dezembro do ano passado. Os dados são do Termômetro de Vendas da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH). O aumento foi puxado, principalmente, pelo setor de supermercados, com crescimento de 8,5%.
De acordo com o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva, esse desempenho é sustentado pela forte demanda por itens essenciais, já que as compras de alimentos ocorrem com frequência e, em geral, não dependem de crédito ou financiamento. “Além disso, a inflação mais controlada e a renda em alta contribuem para manter o consumo aquecido em Belo Horizonte”, explica.
Segundo o Termômetro de Vendas, todos os segmentos apresentaram crescimento na comparação de janeiro de 2025 com dezembro de 2024. O crescimento das vendas nos demais segmentos foi:
- Drogarias e Cosméticos (7,9%)
- Papelarias e Livrarias (6,1%)
- Artigos Diversos que incluem brinquedos, óticas, caça, pesca, material esportivo, bicicletas e instrumentos musicais (3,11%)
- Vestuário e Calçados (3%)
- Material elétrico e de Construção (2,66%)
- Eletrodomésticos e Móveis (2,66%)
- Informática (2,09%)
- Veículos e Peças (1,68%)
Na comparação de janeiro deste ano com o mesmo mês do ano anterior, as vendas do comércio em Belo Horizonte cresceram 2,55%. Segundo o presidente da CDL/BH o resultado reflete o aumento da renda disponível que vem movimentando a economia aliado à flexibilidade do varejo tradicional que tem se adaptado às novas demandas do consumidor.
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Empregos e aumento da renda explicam elevação das vendas
Para Souza e Silva este avanço nas vendas é explicado pelo fortalecimento do mercado de trabalho, aumento da renda disponível e maior confiança do consumidor. “A capital mineira se destaca por equilibrar sazonalidade, geração de empregos e diversificação econômica”, afirma.
O dirigente destaca os primeiros dados de 2025 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que mostram que 137.303 vagas formais foram criadas no conjunto de todos os setores. “O desemprego estimado no 4º trimestre de 2024 foi de 6,2%, alcançando o menor patamar da série histórica”, comenta.
Expectativas para vendas do comércio para 2025
De acordo com o presidente da CDL/BH, Belo Horizonte possui um cenário favorável para o comércio com a tendência de um ano promissor. Ele acredita que a continuidade da recuperação econômica, aliada ao aquecimento do mercado de trabalho, reforçam a expectativa de um desempenho positivo.
“Apesar dos desafios econômicos, como os juros elevados, os segmentos de consumo essencial continuam a se destacar, proporcionando equilíbrio e crescimento para o comércio na capital mineira”, explica Souza e Silva.
No entanto, um fator que tem preocupado o setor de comércio e serviços é a manutenção dos juros em índices elevados. “Com a taxa Selic mais alta, o crédito fica mais caro, desestimulando o consumo, especialmente de bens duráveis e de maior valor agregado. O aumento dos juros também pode gerar inadimplência de empresas e consumidores, dificultando a recuperação econômica”, comenta.
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