Economia

Vendas do comércio em Minas crescem 1,2%, diz IBGE

Comércio em Minas Gerais teve crescimento de 1,2% em abril, impulsionado por livros, papelarias e vestuário
Vendas do comércio em Minas crescem 1,2%, diz IBGE
Grupo de livros, jornais, revistas e papelaria registrou a maior alta nas vendas em Minas, um crescimento de 34,5% em abril | Crédito: Alisson J. Silva/Arquivo DC

As vendas do varejo em Minas Gerais aumentaram 1,2% em abril em relação a março, na série com ajuste sazonal, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este foi o terceiro crescimento seguido apresentado pelo Estado, que teve desempenho superior à média nacional (0,9%). 

A alta registrada em Minas também está entre as mais relevantes unidades federativas. São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo, apresentaram queda no mesmo tipo de comparação. Além disso, 19 das 27 áreas pesquisadas apresentaram aumento, com destaque para: Amazonas (4,4%), Rio Grande do Norte (4,0%) e Alagoas (3,8%). Por outro lado, oito estados tiveram resultados no campo negativo, com destaque para: Pernambuco (-7,7%), Roraima (-4,5%) e Pará (-4,4%).

Na avaliação do analista em Informações Estatísticas e Geográficas do IBGE Minas, Daniel Dutra, chama atenção a manutenção do crescimento do varejo, mesmo que em ritmo menor. Isso devido ao cenário de inflação elevada e menor rendimento dos brasileiros. Para ele, o incremento tem relação com o programa de transferência de renda do governo federal, o Auxílio Brasil.

“Os crescimentos da série com ajuste sazonal estão menores, mas ainda permanecem. Provavelmente estão relacionados ao auxílio. As pessoas normalmente direcionam esses recursos para a compra de itens de supermercados, farmácias, padarias. Compras de itens essenciais”, explicou. As altas foram de 4,5% em fevereiro, 1,5% em março e agora 1,2% em abril.

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De toda maneira, conforme a pesquisa, o desempenho do varejo também foi maior em relação ao mesmo período do ano passado. Neste caso, houve elevação de 6,6% na comparação com abril de 2021. No Brasil, a alta foi de 4,5%. 

Segundo Dutra, neste tipo de confronto, é preciso considerar a base fraca de comparação, já que, nesta época do ano passado, o varejo ainda sentia efeitos do fechamento das atividades em combate à pandemia de Covid-19.

No Estado, o desempenho foi puxado pelo grupo de livros, jornais, revistas e papelaria, com alta de 34,5%, seguido por tecidos, vestuário e calçados (32,7%). Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos tiveram aumento de 11,3%, combustíveis e lubrificantes, de 5%, e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, 4,7%. Na outra ponta, as vendas de móveis e eletrodomésticos caíram 12,2%.

Já quando considerado o acumulado dos quatro primeiros meses deste ano, as vendas do varejo mineiro aumentaram 1,3%. Em âmbito nacional, o incremento foi de 2,3%. Neste caso, os destaques setoriais foram:  livros, jornais, revistas e papelaria (43,4%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (17,8%). Móveis e eletrodomésticos acumulam baixa de 19,8%.

Já no acumulado dos últimos 12 meses, Minas e a média nacional cresceram 0,8%. O principal destaque foi, mais uma vez, livros, jornais, revistas e papelaria, com aumento de 31,3%.

Varejo ampliado

No diagnóstico do comércio varejista ampliado, que conta com todos os setores pesquisados, incluindo veículos, motocicletas, partes e peças, além de material de construção, Minas Gerais manteve a curva positiva.

No mês, as vendas aumentaram 4,2% sobre a mesma época do ano passado; de janeiro a abril, 1,6%, e nos últimos 12 meses, 2,4%. Os desempenhos vêm sendo impulsionados pelas vendas de veículos, motocicletas, partes e peças, já que materiais de construção estão com números negativos nas três bases de comparação.

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