Economia

Vendas do Natal na Capital são estimadas em R$ 2,45 bi

Montante representa incremento de 1,24% em relação ao ano passado, de acordo com dados da CDL/BH
Vendas do Natal na Capital são estimadas em R$ 2,45 bi
Crédito: Divulgação

As vendas para o período do Natal devem somar R$ 2,45 bilhões em 2022. A cifra representa uma alta de 1,24%, em relação ao mesmo período do ano passado. O tíquete médio deverá ser de R$ 123.  As projeções são de pesquisa divulgada na quarta-feira (7) pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH).

Segundo o levantamento da entidade, o tíquete médio das compras será 11,7% maior do que no Natal de um ano atrás, quando se registrava R$ 110,10 por produto. Observando a previsão de vendas, o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva, mensura que o número, apesar de tímido, apresenta um avanço muito positivo, até mesmo quando comparado ao último período natalino registrado antes da pandemia.

“Na pesquisa que nós fizemos, os consumidores querem sim comprar, e querem comprar até quatro presentes, inclusive. Isso é bom, pois ele está sinalizando que ele deseja por produtos variados, e consequentemente vários setores serão beneficiados”, considera.

Os números apurados pela entidade são bastante positivos diante de uma realidade que sucede a dois anos consecutivos de pandemia, segundo Silva. Para ele, essa melhora na previsão de vendas dos lojistas ocorre porque as famílias estão tendo acesso ao  décimo terceiro salário e ao  FGTS. 

“Com esses recebimentos, aumenta o tíquete médio de compra, pois as famílias estão conseguindo quitar as suas dívidas e voltar para o consumo. Esses estímulos ocorrem no momento em que vemos um endividamento das famílias, com uma previsão decrescente neste final de ano e com o começo do novo ano. E, de certa forma, vivendo e enfrentando um aumento da inflação, assim como um aumento da taxa de juros. Diante disso, esperamos que o novo governo possa trabalhar a taxa de juros para que ela caia, e também para que a inflação diminua”, afere Marcelo.

Panorama de consumo

Para as transações do comércio varejista, a expectativa é que nove em cada dez consumidores da capital mineira devam ir às lojas físicas para realizar as suas compras. Esse movimento corresponde a 91,7% dos consumidores. 

Na contramão desse mesmo movimento que deve presentear durante as festas, 8,3% do público entrevistado decidiram que não fará compras neste ano. Deles, 35,3% relatam que o motivo que os impede de irem às compras é a intenção de economizar. Já 35,3% afirmam que falta dinheiro no bolso, enquanto 17,6% não possuem o hábito de presentear familiares ou amigos. Além disso, 5,9% do público declararam não ter ninguém para presentear nesta época, e outros 5,9% disseram que estarão em viagem. 

O gasto médio com os três principais presentes do grupo de Vestuário deverá ser de R$ 130,34. Para os itens de acessórios, o ticket médio será de R$ 125,46, enquanto a estimativa de preço médio para a compra de brinquedos é estimado em R$ 108,75.

A pesquisa também revelou que as lojas físicas representam a escolha de 60,2% dos consumidores da Capital para realizar as compras de fim de ano. As demais preferências dos belo-horizontinos dividem em 35,1% para compras pela internet, 30,9% que pretendem ir às lojas de rua, e 29,3% que apostam em promoções nos shoppings centers da cidade. Outros 3,2% devem comprar a lembrancinha de Natal com comerciantes autônomos, e 1,6% optaram por comprar itens que só encontram na Feira Hippie.

Lista de presentes

Na lista de presentes desejados pelos consumidores, os produtos que ocupam as cinco primeiras posições são as roupas, com destaque para a procura por blusas, calças, pijamas e lingeries, sendo 54,5% das intenções de compra. Em segundo lugar, com 42,3%, aparecem os  brinquedos, com as bonecas, carrinhos, ursinhos de pelúcia e jogos de tabuleiro entre os itens mais procurados.

Em terceiro, os acessórios como bolsas, mochilas e malas representam 28,6% das intenções. Já os calçados aparecem em quarto lugar com 22,8% das apostas. Na sequência da lista, surgem os produtos de perfumaria e cosméticos, sendo 19,6%.

Preço alto é empecilho para concluir a compra

Com os consumidores cada vez mais atentos ao histórico de preços dos produtos desejados, a alta dos valores é apontada pela pesquisa como o principal fator que pode prejudicar a compra, sendo 51%.

Para 44,7% dos entrevistados, o atendimento ruim pode afastar a intenção de comprar no estabelecimento. Quando o assunto é lojas cheias, 37,9% dos entrevistados, esse fator é bastante negativo na hora da compra, enquanto para 17,5%, lojas que possuem pouca variedade de produtos não são boas opções para buscas por presentes. 

Os entrevistados também mencionaram a baixa qualidade dos produtos, sendo lembrada por 12,1%, enquanto 9,7% afirmaram que ter poucas formas de pagamento é uma barreira na hora de comprar. Outros 9,2% apontam problemas de acessibilidade e mobilidade; 8,3% afirmam a relação com juros altos para compras a prazo, e para 8,3% a inexistência de  negociação de preço é um problema. Apenas 1,5% dos entrevistados disseram não ter nenhuma dificuldade para realizar as compras. As respostas foram de múltipla escolha com 306 pessoas.

Virada do ano com números positivos 

Segundo a CDL-BH, os indicadores econômicos projetam que o comércio da capital mineira encerre 2022 com uma elevação de 0,6% e, em 2023, avance 0,85%. A atividade econômica como um todo aponta para um ambiente mais favorável. Além disso, a taxa de juros vigente na economia possui tendência de queda, favorecendo a retomada do crédito e do consumo.

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas