Economia

Natal movimenta comércios físico e eletrônico do Estado

Para especialista, consumidores estão menos entusiasmados em relação à data também pela falta de ofertas atrativas
Natal movimenta comércios físico e eletrônico do Estado
Preferência dos consumidores será por itens de vestuário (21,5%), calçados (16,9%), e Perfumes e Cosméticos (16,2%). Já o tiquete médio será de R$ 237.

A tradicional melhor época do ano para o comércio em todo o País já está se aquecendo nos principais centros comerciais de Minas Gerais. A expectativa, segundo especialistas, é de que os negócios do Natal sejam mais restritivos neste ano, por conta das vendas da Black Friday, que acabaram deixando o consumidor com menos dinheiro no bolso.

Por outro lado, pesquisa da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de Minas Gerais (FCDL-MG) aponta que o movimento de compras de presentes natalinos no Estado segue positivo, com o tíquete médio de presentes girando próximo dos R$ 237.

Segundo o estudo, que entrevistou consumidores por todo o Estado, 41,7% deles devem dividir as compras entre as ofertas de lojas físicas e digitais, enquanto 31,3% devem optar pelas compras somente através das telas de um smartphone ou computador. Já, 27,1% preferem ir às ruas.

O mesmo levantamento aponta que 87,5% dos entrevistados pretendem comemorar as festas de fim de ano com ceia e os tradicionais presentes para famílias e amigos. Porém, 12,5% dos mineiros decidiram que não vão comemorar a noite de Natal ou realizar confraternizações. Segundo eles, a situação financeira familiar prejudicada pelo endividamento ou até mesmo uma cautela diante do cenário econômico-político seria a justificativa.

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“As compras pela internet há algum tempo caíram no gosto dos consumidores que buscam praticidade, mas percebemos que as lojas físicas seguem atraindo aquele consumidor que não abre mão de experimentar certos produtos antes de comprar e que preza pelo bom atendimento físico”. diz o economista da FCDL-MG, Vinícius Carlos Silva. Segundo ele, apesar da preferência, há espaço para todos. “Os consumidores vão se valer de ambas as opções na hora de efetuarem suas compras neste Natal”, acrescenta.

Para 27,1% dos consumidores, ir às ruas conferir as ofertas em lojas físicas é a melhor opção | Crédito: Adobe Stock

É necessário prudência nas projeções de fim de ano, diz especialista

Procurado pelo DIÁRIO DO COMÉRCIO, o economista da Mackenzie, Ulisses Fernandez, considera que há prudência nas projeções e uma singularidade quanto às compras de fim de ano.

“É uma data que envolve presentes, mas que pode impulsionar diferentes padrões de consumo. Dado o atual cenário macroeconômico desafiador e o retorno dos consumidores às lojas físicas, é difícil prever, mesmo com os estudos, um crescimento expressivo nas vendas on-line durante o período natalino. O consumidor tem demonstrado menos entusiasmo em relação à data, uma vez que não tem sido apresentado um leque de ofertas e oportunidades de compra atrativas no comércio”, avalia Fernandez.

Maioria das vendas de Natal ainda se concentra em dezembro

Mesmo com o movimento provocado pelos centros de compras com as promoções de Black Friday, o levantamento da FCDL-MG aponta que 77,1% dos mineiros devem realizar suas compras no decorrer de dezembro. Isso porque, 20,8% já comprou o que precisava ainda em novembro. E 2,1% devem deixar para janeiro, com o intuito de encontrar promoções de liquidações para troca de estoque.

“Há espaço para vendas e o consumidor está aguardando oportunidades para efetivar suas compras. Nesse tipo de cenário, é muito importante que o lojista atue constantemente, oferecendo tudo o que seu negócio tem de melhor, com o intuito de maximizar as vendas. Atualmente, temos um cenário na qual a taxa de juros básico está com tendência de queda, o emprego está aumentando paulatinamente e os preços estão, de certa forma, estáveis”, recomenda Silva.

Com a injeção dos recursos do 13º salário na economia e com a perspectiva de queda na taxa de juros, Fernandez afirma que há um potencial de melhora lenta, mas sinalizada. “Conforme a taxa de juros diminui, há um alívio no fluxo de caixa do setor varejista nas cidades mineiras, o que pode resultar em um impulso ao investimento no Estado e, consequentemente, maior estíumulo ao consumo”, conclui.

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