Vendas de veículos crescem 10% em Minas Gerais

Os emplacamentos de veículos automotores em Minas Gerais totalizaram 72.233 unidades em novembro, resultado 11% superior ao verificado em igual mês do ano passado (65.091), conforme levantamento do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos de Minas Gerais (Sincodiv-MG), com dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). O resultado contempla os segmentos de automóveis e comerciais leves, caminhões, motocicletas e reboques.
Na divisão por segmentos feita pela entidade mineira, todos apresentaram incremento, com a alta mais expressiva verificada nos automóveis e comerciais leves, com expansão de 13,05%, seguido pelos caminhões, com elevação de 11,63% neste tipo de comparação.
O diretor do Sincodiv-MG, Carlos Barreto, observa que os meses de novembro e dezembro, normalmente, apresentam resultados positivos, graças ao reforço na renda do consumidor com o pagamento do 13º salário. Conforme estimativa do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Econômicos (Dieese), a economia de Minas Gerais deve receber, até o fim do ano, aproximadamente R$ 29,7 bilhões oriundos do abono natalino. O recurso é 8% maior que o estimado em 2023, que foi de R$ 27,5 bilhões.
Além do aspecto sazonal, ele acrescenta que o crescimento do emprego e da renda no Estado também contribui para o aumento dos emplacamentos. No acumulado dos dez primeiros meses de 2024, Minas Gerais abriu 207,8 mil postos de trabalho com carteira assinada, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O resultado é 50,5% superior ao de todo o ano de 2023, quando foram criadas 138,1 mil vagas no Estado.
O diretor destaca que a flexibilização dos bancos na concessão do crédito é outro fator que está ajudando nos negócios, que poderiam ter resultados ainda melhores, não fossem os altos juros vigentes no País. Barreto ressaltou o impacto das vendas diretas para as locadoras de veículos no Estado em novembro, com participação de 77%, seguida das realizadas pelas concessionárias (11%), o restante é relativo aos estoques (12%).
Em termos percentuais, o desempenho do emplacamento do Estado ficou abaixo do nacional em igual base de comparação, já que as vendas brasileiras tiveram alta de 16,18% em novembro ante igual mês do ano anterior. Considerando apenas o segmento de automóveis e comerciais leves, o crescimento no período foi de 19,62% no País.
Feriados impactam emplacamentos de veículos
Na comparação do penúltimo mês de 2024 frente ao mês imediatamente anterior, a variação no total de emplacamento foi de 0,08% no Estado, desempenho considerado estável. Em outubro, a comercialização chegou a 72.176 unidades de veículos automotores.
Na análise por segmentos do Sincodiv-MG, em novembro ante outubro, somente os automóveis e comerciais leves tiveram crescimento dos emplacamentos em Minas Gerais. A alta foi de 5,62%. E a queda mais expressiva, de 24,88%, foi verificada para os caminhões, em seguida vieram motocicletas (-19,22%) e reboques (-17,61%). No País, os emplacamentos totais de veículos anotaram retração de 7,3% em relação a outubro, segundo a Fenabrave.
O vice-presidente da entidade mineira, Camilo Lucian Hudson Gomes, observa que os resultados de novembro comparados com o mês anterior têm influência do número de dias úteis, menor no penúltimo mês de 2024 (19 dias em novembro, ante 23 dias úteis em outubro), como consequência de feriados.
No acumulado do ano, o resultado também foi de crescimento, chegando a 620.018 emplacamentos em Minas. A alta frente igual intervalo do exercício passado foi de 3,25% (600.485). Em 11 meses, os automóveis e comerciais leves registraram a maior participação no resultado do Estado, com 73,83%, e variação de 0,34% na comparação com igual período de 2023, resultado que garantiu estabilidade.
Nesse tipo de análise, a alta mais expressiva no emplacamento no ano por setor no Estado foi verificada nos caminhões (20,93%), seguido por motocicletas (12,15%) e reboques (7%).
No resultado nacional, o acumulado dos 11 meses indica avanço de 16,4%, em linha com as projeções da Fenabrave, que apontam para um aumento total estimado em 16,8% até o fim de dezembro. De acordo com a entidade nacional, o acumulado é o melhor desde 2014, com altas importantes em quase todos os segmentos, exceto implementos rodoviários e máquinas agrícolas.
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