Vice-governador reforça papel de estados e municípios nas ações climáticas

O fortalecimento das ações climáticas com maior participação e envolvimento de líderes estaduais, regionais e provinciais atuando como aliados no cumprimento das metas estabelecidas pelos países. Esses foram os principais pontos defendidos pelo vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões (Novo), em sua primeira participação na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 28).
Representando mais da metade do Produto Interno Bruto (PIB) global, os governos subnacionais (estaduais) são destaque na COP 28. Dados do Programa das Nações Unidas pelo Desenvolvimento (Pnud) mostram que até 80% das ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas serão tomadas em âmbito subnacional.
Durante as mesas-redondas promovidas pelo Climate Group, criado para incentivar grandes empresas e governos estaduais a tomarem medidas de enfrentamento às mudanças climáticas, o representante de Minas Gerais elaborou o tema.
“Os países não cumpriram as metas que contrataram, mas as regiões que contrataram metas individuais o conseguiram, é uma questão forte que estamos tentando trazer aos governos federais para envolver mais os gestores subnacionais, e isso ocorre no mundo inteiro quando as discussões são tomadas sem levar em conta quem está mais próximo da população”, destacou Simões em uma rodada de conversas com governadores de México, Gâmbia e Quênia, mediada pelo ex-governador do Colorado (EUA), Bill Ritter Jr.
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Ao analisar o planejamento, o financiamento, a implementação e o monitoramento de estratégias climáticas, incluindo a próxima rodada de Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC, na sigla em inglês) até a COP 30, que será realizada em Belém do Pará, o vice-governador mineiro chamou a atenção para a importância de inserir prefeitos nos processos no caso do Brasil.
As NDCs são as metas de redução de emissão de gases de efeito estufa, estabelecidas por cada país signatário do Acordo de Paris e, nesse sentido, o envolvimento de estados e regiões nesta COP 28 é considerado fundamental, uma vez que a inclusão na definição e entrega das NDCs em 2025 pode acelerar a ação climática para limitar o aumento da temperatura global e melhorar as capacidades de adaptação. Em linha com o Acordo de Paris, ficou estabelecido um limite de 1,5°C de aquecimento no mundo até 2050, em comparação com níveis pré-industrialização.
Representação feminina na mitigação às mudanças climáticas
O papel das mulheres no combate às mudanças climáticas norteou um dos painéis do Consórcio Interestadual Amazônia Legal, um dos espaços brasileiros na conferência. A secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (Semad), Marília Melo, compartilhou suas experiências à frente da pasta ambiental de Minas.

Em sua participação na COP 28, a secretária celebrou os avanços da participação feminina, ao compor uma mesa com outras mulheres que atuam nessa área, como a secretária do Meio Ambiente, Sustentabilidade e Ações Climáticas do Sergipe, Deborah Dias, a secretária do Meio Ambiente e Sustentabilidade da Paraíba, Rafaela Camarense, a secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura do Rio Grande do Sul, Marjorie Kauffmann e gestoras de comunidades tradicionais de outros estados.
“Um dos principais indicadores de qualidade ambiental que nós todos estudamos é a biodiversidade. E na vida, como um todo, um grande indicador é a diversidade, e a mulher ocupar espaços no mercado de trabalho e nas políticas públicas é a concretização da diversidade, diversidade de pensamento, de complementação de saberes e competências, o que é muito importante em qualquer processo”, ressaltou Marília Melo.
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