Economia

Viridis Mineração investirá R$ 1,35 bi em projeto de terras raras em Poços de Caldas

Terras raras são elementos utilizados em celulares, componentes de aviões, telas de LCD, placas solares, dispositivos de raio-X, carros elétricos, dentre outros
Atualizado em 3 de março de 2024 • 09:09
Viridis Mineração investirá R$ 1,35 bi em projeto de terras raras em Poços de Caldas
Crédito: Ariane Braga / Invest Minas

A australiana Viridis Mineração e Minerais vai investir R$ 1,35 bilhão na instalação de um projeto que visa à exploração de terras-raras em Poços de Caldas, no Sul de Minas Gerais. A estimativa é gerar cerca de 120 empregos permanentes. Segundo estudos iniciais, na região, há grandes volumes de recursos e teores de elementos de terras-raras (ETRs) mais elevados do mundo. O protocolo de investimentos entre o governo e a empresa foi assinado ontem, no município.

Conforme o governo do Estado, o investimento prevê a construção de uma planta de beneficiamento e tratamento de minérios em Poços de Caldas. Além da geração de empregos, o projeto vai agregar valor ao produto e potencializar a atração de outras empresas que utilizam esses elementos como matéria-prima para produtos. Assim, haverá o fortalecimento da cadeia produtiva, da geração de mais empregos e recursos para serem aplicados em melhorias e serviços para os mineiros.

A previsão é que a planta da Viridis Mineração – com 70 licenças em uma área de 15 mil hectares – inicie a operação entre 36 e 48 meses.

Exploração de terras-raras

O protocolo de investimentos estabelece a instalação do Projeto Colossus. O objetivo é desenvolver a mineração de terras-raras e elementos na região de Poços de Caldas. Os produtos são essenciais para a fabricação de peças e equipamentos de alta tecnologia usados nas indústrias eletroeletrônica, aeroespacial e de geração de energia renovável.

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O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, ressaltou que o investimento é importante para o município e para o Estado. Segundo ele, com mais essa iniciativa, a cidade se mostra competitiva e avança na diversificação da economia.

“Anunciamos esse grande investimento da Viridis Mineração e Minerais, que vai explorar terras-raras. É um investimento enorme, de mais de R$ 1,3 bilhão. Também estive na empresa recém-inaugurada, Lamesa, fabricante de cabos e cobres de alumínios. Isso prova que Poços de Caldas é uma cidade competitiva, uma cidade que está se desenvolvendo, não só na parte industrial como no turismo também. Tenho acompanhado a ocupação, a quantidade de turistas que passam pela cidade, que só tem aumentado. Então, isso comprova que é perfeitamente possível conciliar desenvolvimento industrial com turismo”.

Desenvolvimento

Conforme os dados da Prefeitura de Poços de Caldas, a instalação do projeto da Viridis Mineração, além de consolidar a posição de Minas Gerais como um hub de mineração e tecnologia de ponta, também trará benefícios diretos à população local. Isso porque haverá a criação de, aproximadamente, 120 empregos permanentes.

O projeto da Viridis Mineração e Minerais é visto como um marco para Poços de Caldas e para o Estado. O projeto de beneficiamento e tratamento de elementos de terras-raras se destaca na importância estratégica no setor de mineração e pelo potencial de gerar desenvolvimento econômico sustentável.

Os elementos de terras-raras são cruciais para diversas aplicações industriais, incluindo a fabricação de eletrônicos, ímãs poderosos e tecnologias de energia limpa. O projeto é mais uma iniciativa que posicionará Minas Gerais no mapa global como um fornecedor crítico desses materiais essenciais.

Meteoric também investe em terras-raras

O município do Sul do Estado tem se destacado na atração de investimentos para a exploração de terras- raras. No ano passado, o governo de Minas assinou protocolo de intenções com a empresa Meteoric Resources NL.

O investimento da empresa será de R$1,18 bilhão no projeto de extração de argila iônica. A expectativa é de geração de 700 empregos. O projeto contempla, conforme informações da empresa, 51 processos minerários e a companhia deve iniciar a extração de argila iônica em 2027.

Conforme o governo de Minas, a empresa segue nas fases iniciais de estudos e sondagens na área e espera iniciar a operação da planta produtiva até 2026.

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