Economia

Zema reforça foco em Minas, mas deixa no ar possível candidatura em 2026

Governador voltou a dizer que presidência não está nos planos, mas deu a entender que, se for convidado, não recusará proposta
Zema reforça foco em Minas, mas deixa no ar possível candidatura em 2026
Zema voltou a falar em articulação Sul-Sudeste para corrida presidencial em 2026 | Crédito: Daniel Neves/Tríade CC

Embora reforce a importância da articulação Sul-Sudeste por um nome na Eleição presidencial de 2026, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), voltou a falar, nesta quinta-feira, que não está nos seus planos ser presidente do Brasil. Porém, desta vez, o chefe do Executivo estadual deu a entender que, se for convidado para ser candidato, não recusará o convite.

As declarações foram feitas durante a participação de Zema no MB Experience 2023. O evento, realizado em Belo Horizonte e promovido pela assessoria de investimentos Monte Bravo, reuniu especialistas renomados para debater as perspectivas do cenário político e econômico, além das principais tendências e oportunidades do mercado financeiro.

“Com relação a 2026, quero deixar claro que meu foco é em Minas Gerais. Se alguém aqui veio do interior deve ter passado por uma estrada que precisa melhorar. Tem muita estrada para ser recapeada. Precisamos reduzir ainda mais o desemprego. Precisamos de reformas dentro do Estado, porque vamos estar propondo as privatizações. Então nesses próximos três anos e meio ainda tenho uma missão gigantesca em Minas e meu foco é esse”, afirmou.

“(…) Eu não tinha planos de ser governador. Nunca tive. E nem tenho planos de ser presidente. Mas gosto de fazer a coisa certa. Se falar: ‘você que vai ter que fazer a coisa certa’, eu vou ficar meio sem jeito de falar não. Mas não é, definitivamente, meu plano. Espero e estou confiante de que o Brasil terá um bom candidato em 2026”, disse mais adiante.

Trabalho integrado para assumir “peso” da região

Para a próxima eleição, o gestor mineiro ainda afirmou que espera que o Brasil tenha um candidato de centro-direita “viável”. Pensando nisso, ele destacou que é fundamental que os sete governadores do Sul e Sudeste trabalhem de forma integrada para assumir o “peso” das regiões, que, juntas, concentram 55% da população brasileira, 70% do Produto Interno Bruto (PIB) do País e cerca de 80% da arrecadação federal.

“O Nordeste que representa muito menos do que isso acaba tendo um peso maior, porque a bancada federal deles trabalham unida. Então nós, sete governadores, vamos estar trabalhando nessa união, e é aonde o Brasil deu certo. Somos mais desenvolvidos. O desemprego é menor. Custamos muito menos para a União, porque são nesses estados que menos se paga Bolsa Família. Então nós temos que mostrar que isso aqui está funcionando e que é isso que o Brasil precisa”, reiterou.

Zema também relembrou que entre os dias 2 e 3 de junho haverá uma reunião entre os gestores. Neste encontro – 8º Consórcio de Integração Sul Sudeste (Cosud) –, inclusive, vai ocorrer a leitura da carta de compromissos, assinada por todos os estados. O governador de Minas ainda disse durante o MB Experience que deseja é apoiar um futuro melhor para o País e quem tiver uma boa proposta neste sentido terá seu apoio.

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