Economia

Zema pede renegociação de dívida com a União em Congresso Mineiro de Municípios

Zema pede renegociação de dívida com a União em Congresso Mineiro de Municípios
Crédito: Diário do Comércio / Juliana Sodré

O governador de Minas Gerais Romeu Zema (Novo) voltou a pedir melhores condições para a renegociação da dívida do Estado com a União que, hoje, já ultrapassa os R$ 160 bilhões. O apelo foi feito na manhã desta terça-feira (4) durante o 39º Congresso Mineiro dos Municípios, no Expominas, em Belo Horizonte.

Diante dos cerca de 600 prefeitos, vereadores, deputados e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, dentre outros congressistas, o governador disse que se a dívida não for renegociada, Minas Gerais não terá condições de quitá-la.

“Se a dívida não for renegociada em termos melhores, o que estamos fazendo não será suficiente. Minas não tem condições de pagar o que deve ao governo federal com uma taxa de juros que é muito superior à que é cobrada para o agronegócio ou empresas privadas que fazem refinanciamento na Receita Federal”, comparou.

Zema também aproveitou a oportunidade para agradecer aos prefeitos mineiros pelo trabalho realizado nos últimos quatro anos. “Eles, talvez mais do que qualquer outro na história de suas cidades, enfrentaram mais problemas, como o não repasse [dos recursos] por parte do Estado e a pandemia, e isso merece ser reconhecido. Para mim, foi um prazer enorme conviver com vocês neste ciclo de oito anos, ao longo dos últimos seis anos”, disse.

Acordo de Mariana

Outro apelo feito pelo governador mineiro durante o Congresso foi sobre o acordo de Mariana, referente à reparação pelos danos causados no rompimento da barragem da Samarco em 2015.

“Tivemos Brumadinho três anos depois de Mariana e resolvemos rapidamente. Todos os municípios foram recompensados e estão recebendo investimentos, mas sobre a tragédia de Mariana, nada aconteceu”, enfatizou.

Para Zema, é preciso que o acordo seja, de fato, selado para beneficiar a União e os estados do Espírito Santo e de Minas Gerais. “Esse acordo, hoje, depende do governo federal. Então, fica o meu apelo para que todos nós lutemos por estas causas que são de Minas Gerais e que, no caso de Mariana, completará nove anos”, disse.

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