Plataforma digital gera ganho de escala, afirma sócio da Sympla

Rodrigo Cartacho, um dos três sócios fundadores da Sympla, tem um perfil empreendedor, já que a conhecida plataforma de eventos brasileira foi a sua sétima empresa. Além disso, se emancipou aos 17 anos justamente para empreender. “Venho de uma família não empreendedora, meu pai e minha mãe são funcionários públicos”, ressalta.
O empresário falou sobre o início da sua trajetória, conquistas e os desafios durante o terceiro episódio do podcast Mercado & Finanças, do Diário do Comércio, que está disponível a partir de segunda-feira (14). O tema da conversa de Cartacho com o articulista mais jovem do Diário do Comércio, o advogado Davi Motta Maciel, é inovação digital.
Além das fronteiras – Cartacho, que é também membro do conselho da Sympla, teve experiência internacional e chegou a ter uma empresa de design focada em web, em Barcelona, na Espanha, na sua ida para a cidade para fazer um mestrado em administração de empresas focado em turismo.
“De lá mudei para Budapeste, na Hungria”, conta. Lá abriu uma agência de design, só que com o foco em UX (User Experience, uma área que tem como objetivo a interação dos usuários com serviços e produtos), que era um conceito novo até então.
Além dessa empresa, ele ingressou no mercado de compensação de emissão de CO2, na época do documentário do ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Al Gore (“Uma Verdade Inconveniente”), que abordava as mudanças climáticas.
Aliás, ter morado fora do País é um dos conselhos do empresário. “É uma das variáveis mais transformadoras na vida de uma pessoa, entender novas culturas, ambientes, pessoas e novas possibilidades. Eu empreendi em três países”, diz.
Foi em 2012, que ele com o irmão Marcelo Cartacho e o argentino David Tomasella fundaram a Sympla. “O mercado de venda on-line já existia. O que mudou é que a gente trouxe o modelo plataforma. Somos uma empresa de tecnologia, é o nosso DNA”, destaca.
E um dos impactos, conforme o empresário foi o ganho de escala, tudo levando em consideração a simplicidade, inspiração do nome da empresa. “A gente trouxe a compra anônima para o Brasil”, acrescenta.
Covid-19 – Cartacho diz que um dos desafios para a empresa em 12 anos de mercado foi a pandemia da Covid, quando a atividade econômica foi suspensa no País. “Naquela época ninguém sabia quanto tempo duraria, se duas semanas, dois meses ou dois anos, era incerteza pura”, lembra.
O empresário acrescenta que o período foi desafiador para a empresa. “A gente passou, dentro do possível, muito bem”, avalia. Em seguida, a empresa buscou a eficiência financeira para garantir o crescimento sustentável, que é o “grande norte” da Sympla.
Outra recomendação de Cartacho para que uma pessoa possa aumentar as chances de sucesso é trabalhar numa startup para adquirir conhecimento antes de empreender. Além disso, ele ressalta que é importante procurar os pares para trocar informações. “No geral, as pessoas não conversam”, observa.
Ele acrescenta que a chance de sucesso das empresas é baixa, sendo que de uma empresa digital é mais baixa ainda. “Logo, tudo o que puder ser feito para aumentar a sua chance, você precisa fazer”, recomenda.
Como acessar os conteúdos – Os podcasts do Mercado & Finanças têm duração média de 45 minutos e são liberados quinzenalmente às segundas-feiras. São vários os canais de distribuição do conteúdo: YouTube, Facebook, Instagram, TikTok, Spotify, Deezer e o portal Diário do Comércio.
No episódio de estreia, liberado no dia 16 de setembro, o entrevistado foi CEO do BH Airport, Daniel Miranda, que falou sobre as curiosidades do universo da aviação, entre elas, receitas e tarifas, composição acionária, além dos desafios na sua carreira.
O segundo tema abordado pelo podcast foi identidade lucrativa, com o CEO da JA Strategy, Julio Alves, que tem mais de 30 anos de experiência no mercado da indústria criativa, atuando com foco em inovação e estratégia mercadológica para produtos e serviços.
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