Projeções para o resultado primário estão melhores, aponta o Prisma Fiscal

Brasília – O mercado financeiro melhorou as projeções para o resultado primário das contas do governo federal e para a dívida bruta em 2022, mostrou relatório Prisma Fiscal divulgado ontem pelo Ministério da Economia, com dados coletados até o dia 6 de maio.
De acordo com o documento, que capta projeções de agentes de mercado para as contas públicas, a expectativa para o resultado primário do governo central neste ano ficou em déficit de R$ 22,053 bilhões, ante rombo de R$ 46,359 bilhões projetado para o mesmo período no levantamento de abril. Em março, a estimativa para o déficit estava em R$ 64,153 bilhões.
As projeções do mercado para o resultado primário refletem uma melhora nas expectativas para a receita líquida do governo neste ano, com ampliação de R$ 1,700 trilhão no relatório anterior para R$ 1,738 trilhão na pesquisa deste mês. Houve elevação menos intensa na estimativa da despesa total do governo, de R$ 1,744 trilhão para R$ 1,756 trilhão.
Os analistas consultados pela pasta reduziram a expectativa para a dívida bruta do governo geral em 2022 para 80,05% do Produto Interno Bruto (PIB), ante 81,00% na pesquisa de abril.
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As estimativas fiscais vieram melhores mesmo após o corte de PIS/Cofins de combustíveis, a redução de 35% do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para uma série de produtos e cortes de tarifas de importação.
Para 2023, as projeções de mercado indicam déficit primário de R$ 30 bilhões no governo central, ante R$ 33,737 bilhões na estimativa trazida pelo relatório anterior.
A dívida bruta no ano que vem, segundo os prognósticos, deve ficar em 83,23% do PIB, ante 83,95% previstos no mês passado.
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