Gastronomia

Bienal da Gastronomia de Belo Horizonte ganha livro de artigos

Obra reúne seis artigos produzidos por coordenadores, professores e alunos de faculdades de gastronomia de Belo Horizonte durante o evento ocorrido em outubro do ano passado
Bienal da Gastronomia de Belo Horizonte ganha livro de artigos
O evento contará com os principais pratos tradicionais da culinária mineira | Crédito: Pixabay

Foi lançado, nessa terça-feira (26), no P7 Criativo, no Hipercentro da Capital, o livro “Bienal da Gastronomia: a gastronomia da cidade, do estado, do mundo”. A obra reúne seis artigos produzidos por coordenadores, professores e alunos de faculdades de gastronomia de Belo Horizonte durante o evento que aconteceu em outubro do ano passado.

De acordo com o presidente da Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte (Belotur), Marcos Boffa, a publicação digital é resultado de uma provocação feita às escolas de gastronomia para que profissionais e alunos pudessem pensar através do exercício da escrita na importância de Belo Horizonte como polo criativo da gastronomia. A cidade foi reconhecida, em 2016, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), como “Cidade criativa da gastronomia”. 

“Essas instituições são fundamentais como centros de formação, de educação para que a cidade continue sendo reconhecida como criativa e reconhecida pela sua pujança nesse setor. O livro é importante porque acreditamos na importância de deixarmos um legado por, justamente, a gastronomia ser um dos vetores do desenvolvimento da cidade no futuro”, explica Boffa.

Para o professor de gastronomia e autor de um dos artigos, Sinval do Espírito Santo, a Bienal traz a força de um evento que tem crédito junto à sociedade que abraça a gastronomia.

“Principalmente para um povo que tem no receber à mesa uma arte e uma característica reconhecida e, em uma cidade reconhecida pela Unesco como criativa pela gastronomia, um evento como esse é colocar a comida, a culinária em um lugar que sempre foi dela. É um lugar de pertencimento e também de geração de renda, sendo um elemento da cultura e também da materialidade. Não estamos falando só da Bienal de Gastronomia de Belo Horizonte, mas de uma bienal que pode, no futuro, reunir todas as gastronomias do país”, pontua Espírito Santo. 

Para ele, o livro dá aos alunos e professores uma chance de refletir sobre a gastronomia sob diferentes aspectos que vão além do ato de cozinhar. 

“Pensamos em várias formas de envolver os alunos na Bienal. Refletir e registrar o pensamento por meio desses artigos gera a possibilidade que esses alunos se tornem também pensadores da gastronomia. O papel da universidade é pensar para além da reprodução técnica. A gastronomia pode ser observada por diferentes áreas do conhecimento, cada uma com a sua especificidade e é esse conjunto que vai revelar a riqueza e o potencial da gastronomia como vetor de desenvolvimento das pessoas e da economia”, afirma o professor.

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