Gastronomia

Dia Mundial do Doce de Leite: conheça 18 marcas mineiras que produzem a iguaria

Veja as variações da iguaria, desafios da produção, histórias e algumas das várias marcas que produzem o legítimo doce de leite mineiro
Dia Mundial do Doce de Leite: conheça 18 marcas mineiras que produzem a iguaria
O doce de leite é obtido através da combinação de leite fresco e açúcar, que são cozidos lentamente até alcançar uma textura cremosa | Foto: Adobe Stock

Nesta sexta-feira, 11 de outubro, é celebrado o Dia Mundial do Doce de Leite. O produto, que se destaca na gastronomia brasileira, especialmente, em Minas Gerais, carrega consigo não apenas o sabor inconfundível, mas também uma rica história cultural e uma forte ligação com a produção familiar.

A depender da região do Estado, a iguaria tem variações no modo de sua produção. Os tipos mais tradicionais são:

  • doce de leite puro,
  • doce de leite com cacau,
  • doce de leite com coco
  • e doce de leite com café

Este último sabor é um dos que mais representam sucesso de vendas em Viçosa, na Zona da Mata. Em maio do ano passado, o município foi reconhecido pelo governo de Minas Gerais como a “Capital Estadual do Doce de Leite”. Ali é produzido o famoso Doce de Leite Viçosa, com produtos que estão no mercado desde a década de 1980.

Assim como em Viçosa, várias outras cidades mineiras contam com a produção da guloseima, sinal de um legado passado de geração para geração. Os produtores familiares utilizam métodos tradicionais que valorizam a qualidade do leite e os processos de cocção, resultando em um produto mais saboroso.

O doce de leite é obtido através da combinação de leite fresco e açúcar, que são cozidos lentamente até alcançar a textura cremosa e o sabor característico. O tempo e a temperatura são fundamentais para garantir a qualidade do produto.

Doce de leite como identidade mineira

A historiadora e gastrônoma, Luzimar da Conceição, de Viçosa, acredita que a iguaria já se fundiu à identidade de Minas Gerais.

“A cozinha mineira, logo após se nacionalizar, acabou se tornando também sinônimo do conceito de comfort food, que é aquela sensação de comer e sentir um grande bem-estar e prazer. Então, podemos considerar que o doce de leite é muito mais que um alimento: é parte da identidade mineira”, observa.

Apesar de sua relevância, os produtores enfrentam desafios como a concorrência com grandes indústrias e a necessidade de adaptação às novas demandas de mercado. Por isso, é importante que os consumidores valorizem o produto artesanal, que preserva técnicas tradicionais e contribui para a economia local.

Dona Marlene: doce de leite premiado e para todos os gostos

O reconhecimento nacional do doce de leite mineiro impulsiona a valorização dos produtores do Estado que mantêm viva essa tradição. Uma das histórias é da marca Dona Marlene, de Nova União, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), e que começou a produzir o doce na Fazenda Bananal em 2019.

Doce de Leite premiado venceu em terceiro lugar em prêmio nacional | Foto: Divulgação Dona Marlene

“O doce de leite tradicional é, sem dúvida, o nosso produto mais vendido e o mais premiado”, afirma o sócio da marca, Cayo Linhares. Ele relembra que um dos prêmios mais recentes ocorreu no ano passado, quando Dona Marlene venceu o terceiro lugar como o Melhor Doce de Leite do Brasil, pelo Concurso Nacional de Lácteos promovido pela Minas Láctea-Epamig.

Mas a marca não se limita a um único sabor. “Possuímos uma quantidade de outros sabores que fazem sucesso entre nossos clientes, como a cocada cremosa, cocada com abacaxi, e cocada com maracujá”, destaca.

Dentre os produtos que têm se destacado, Cayo Linhares menciona o doce de leite “taiado mineiro”, que evoca as lembranças do doce caseiro, aquele que as avós costumavam fazer no passado. “É uma verdadeira viagem no tempo para muitos de nossos consumidores”, diz.

Produção de doce de leite da Fazenda Bananal, em Nova União | Foto: Divulgação Dona Marlene

Outro grande trunfo na produção da Dona Marlene é o doce de leite zero açúcar. “De acordo com nossos clientes, ele é o melhor doce de leite dietético do mercado, pois mantém sabor, cor e textura quase idênticos ao elaborado com açúcar”, diz, evidenciando a preocupação da marca em atender a diferentes paladares e necessidades.

“Os reconhecimentos que temos recebido nos motivam a continuar inovando e aprimorando nossas receitas. Cada conquista é um incentivo para seguirmos em frente com ainda mais paixão pelo que fazemos”, conclui.

Confira 18 marcas mineiras de doce de leite para saborear:

Doce de Leite DOM, de São Tiago, no Campo das Vertentes;
Rocca, em Pouso Alegre, no Sul de Minas;
Dona Marlene, de Nova União, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH);  
Viçosa, da Universidade Federal de Viçosa (UFV), na Zona da Mata;
Zélia, também de Viçosa, na Zona da Mata;
Conquista, em Soledade de Minas, no Sul de Minas;
Sabores do Grama, em Santo Antônio do Grama, na Zona da Mata; 
Ghee Me More, em Senador Firmino, na Zona da Mata;
Senador, também de Senador Firmino, na Zona da Mata;
Sertanejo, em Curvelo, na região Central;
A Rapa do Tacho, de Belo Horizonte;
Camila Bao, de Belo Horizonte;  
Doce de leite do Gabriel, de Belo Horizonte;
Dona Lucinha, de Belo Horizonte;
Santa Maria Laticínios, de Santa Maria de Itabira, na região Central;
Rancho Paraíso, em Contagem, na RMBH;
Per Lui, de Belo Horizonte;
Artesanal Sabores, de Igarapé, na RMBH.

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