Legislação

Acordo de Mariana com Vale, BHP e Samarco será assinado nesta sexta-feira (25), confirma Planalto

O acordo deve somar um total de R$ 170 bilhões
Acordo de Mariana com Vale, BHP e Samarco será assinado nesta sexta-feira (25), confirma Planalto
Foto: Fred Loureiro

Brasília e Rio de Janeiro – As mineradoras Vale, BHP e Samarco vão assinar na sexta-feira (25) um acordo multibilionário com autoridades federais e estaduais para reparação e compensação pelo rompimento de barragem de rejeitos em Mariana, em Minas Gerais, confirmou Planalto à Reuters nesta quarta-feira (23).

A Reuters já havia publicado na semana passada que o acerto deveria ser fechado no dia 25 de outubro.

O acordo deve somar um total de R$ 170 bilhões, incluindo pagamentos já realizados pelas empresas, recursos novos e obrigações ainda a cargo das mineradoras.

A barragem da Samarco, uma joint venture da Vale com a BHP, se rompeu em novembro de 2015, despejando uma onda gigante de lama que matou 19 pessoas, deixou centenas de desabrigados, além de atingir florestas, comunidades e rios da região, inclusive o rio Doce, em toda a sua extensão até o mar do Espírito Santo.

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BHP diz que não colocou lucro acima da segurança no caso de Mariana

A BHP disse nesta quarta-feira que as alegações de que uma busca pelo lucro em detrimento da segurança teriam contribuído para o pior desastre ambiental do Brasil eram “improváveis e injustificadas”, enquanto a mineradora abria sua defesa para um processo gigantesco no Tribunal Superior de Londres.

Os advogados dos reclamantes acusaram a BHP de tentar “cinicamente e obstinadamente” evitar a responsabilidade enquanto o julgamento de uma ação judicial avaliada em até 36 bilhões de libras (US$ 47 bilhões), uma das maiores da história jurídica inglesa, começou na segunda-feira.

Eles também alegam que a BHP contribuiu para o colapso da barragem ao permitir que ela fosse elevada como parte de um projeto de expansão, apesar do risco crescente de falha.

A BHP, a maior mineradora do mundo em valor de mercado, está contestando a responsabilidade e diz que o processo de Londres duplica procedimentos legais e programas de reparação e reparo no Brasil e deve ser rejeitado. (Reportagem distribuída pela Reuters)

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