Legislação

Câmara aprova, em 1º turno, projeto que flexibiliza regras de instalação de LED em BH

O projeto tem como objetivo atualizar a legislação vigente na capital mineira
Câmara aprova, em 1º turno, projeto que flexibiliza regras de instalação de LED em BH
Foto: Adobe Stock

O Projeto de Lei 911/2024 foi aprovado em primeiro turno durante uma sessão realizada na Câmara Municipal nessa quarta-feira (9). O texto, de autoria do vereador Wanderley Porto (PRD), propõe, dentre outras coisas, flexibilizar as regras a respeito da instalação de engenhos de publicidade luminosos com tecnologia LED em Belo Horizonte.

A proposta recebeu 34 votos a favor e cinco contra. Ela visa a criação das Áreas de Promoção da Cidade, dentre outras providências. Essas áreas contarão com regras especiais a respeito da paisagem urbana, aprovadas por lei específica.

O objetivo, segundo o texto, é estimular diversas atividades – incluindo sociais, culturais e econômicas –, promover a imagem e a identidade do espaço urbano, valorizar a vocação econômica de áreas comerciais no centro da Capital, e qualificar o ambiente para os pedestres, por meio da dinamização da qualificação do espaço urbano.

De acordo com o autor do projeto, essas áreas de promoção também têm como meta promover uma imagem positiva do município, por meio da criação de áreas com engenhos de publicidade ordenados e coerentes com a identidade visual do espaço urbano.

O texto ainda sugere a adoção de regras especiais para a instalação de engenhos de publicidade e a necessidade de prestação de contrapartida pelos responsáveis pela instalação desses engenhos.

O PL 911/2024 ressalta que a instalação desses equipamentos deverá respeitar a identidade do local, a prevenção à poluição visual, o conforto, segurança e acessibilidade dos pedestres, a preservação do meio ambiente, em especial da arborização. Além disso, os engenhos de publicidade não podem interferir na sinalização de trânsito.

Outro ponto destacado é que será exigida a aprovação do Conselho Deliberativo de Patrimônio Cultural de Belo Horizonte (CDPCM-BH) nos casos em que a Área de Promoção da Cidade coincidir com conjuntos urbanos protegidos ou quando houver tombamento específico de imóveis no perímetro.

Praça Sete Oab-MG
Foto: Diário do Comércio/Arquivo/ Alessandro Carvalho

LED na Praça Sete, em Belo Horizonte

Dentre as principais propostas presentes no texto, está a da criação da Área de Promoção da Cidade — Praça Sete de Setembro. O projeto autoriza a instalação de engenhos de publicidade luminosos com tecnologia Light Emitting Diode (LED) na região.

Dentre os principais objetivos apresentados estão o fortalecimento da região da Praça Sete de Setembro como destino turístico e centro comercial e de negócios da capital mineira.

O projeto também busca promover a modernização da paisagem de forma harmônica com o processo histórico de ocupação da região marcada pela presença de edificações de diferentes épocas. Além de contribuir com o processo de requalificação da região central.

De forma geral, a proposta autoriza a instalação de engenhos de publicidade luminosos com tecnologia LED nas edificações presentes nas seguintes esquinas:

  • Avenida Amazonas com Rua Rio de Janeiro, em ambos os lados da Avenida Afonso Pena;
  • Avenida Amazonas com Rua dos Carijós, em ambos os lados da Avenida Afonso Pena;
  • Avenida Afonso Pena com Rua Rio de Janeiro, em ambos os lados da Avenida Amazonas;
  • Avenida Afonso Pena com Rua dos Carijós, em ambos os lados da Avenida Amazonas.

De acordo com o texto, os equipamentos instalados na área de promoção da Praça Sete de Setembro não poderão exceder a altura mínima de 3 metros e máxima de 40 metros. Eles também não poderão ocupar mais de 30% da fachada de instalação e possuir espessura superior a 1,70 metro.

O autor desse projeto de lei defende que as propostas apresentadas têm como objetivo atualizar a legislação vigente em Belo Horizonte.

“Com as modificações apresentadas nesta proposição legislativa, buscamos atualizar a legislação vigente, que institui o Código de Posturas da cidade, para incluir novas possibilidades de promover e desenvolver atividades econômicas modernas na capital mineira”, afirma.

Por outro lado, durante a votação do PL, o vereador Pedro Patrus (PT) ressaltou que esse projeto poderá prejudicar a fachada dos prédios históricos e que isso seria uma forma de apagar a história do município. Segundo ele, caso o projeto seja aprovado, a medida vai acarretar poluição visual no centro da Capital.

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