CNJ realiza XVII Semana de Conciliação
Começou ontem e prossegue até a próxima sexta-feira a XVII Semana Nacional da Conciliação. A campanha, realizada anualmente desde 2006 pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), envolve os tribunais brasileiros em torno de uma força-tarefa para resolver, por meio de métodos autocompositivos, conflitos que já tenham se tornado processos judiciais ou mesmo que ainda não tenham chegado à Justiça. O tema da campanha deste ano é “Menos conflitos, mais recomeços”.
Ao longo de uma semana, magistrados de todo o Estado colocarão na pauta processos que podem ser resolvidos por meio do diálogo entre as partes e por meio da construção de um acordo, levando ao fim do impasse. A vantagem da iniciativa é a possibilidade de solução mais rápida, barata e pacífica de litígios.
Durante as audiências, o diálogo é conduzido por um conciliador, que auxilia as partes a ajustarem seu próprio acordo. Porém, caso as partes não cheguem a um consenso, o andamento processual continua normalmente na Justiça. Quando o conflito ainda não se tornou um processo, é possível tentar a conciliação pré-processual. Para isso, as partes em desacordo podem procurar os centros judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejuscs).
Para se ter uma ideia do impacto e importância da Semana Nacional da Conciliação, em 2021, foram agendadas em Minas Gerais 21.370 audiências. Em uma semana, foram atendidas cerca de 43 mil pessoas. Para o atendimento à população no período, estiveram envolvidos 1.963 magistrados, 198 juízes leigos, 4.189 conciliadores e 1.962 colaboradores. Já neste ano, os números superam os 24 mil agendamentos – aumento de 15,84%.
Pauta diversa
Entre os assuntos normalmente tratados em audiências de conciliação estão casos de direito de família, como inventário, pensão alimentícia, guarda de filhos, partilha de bens e divórcio; direito do consumidor, como problemas junto a operadoras de telefonia, companhias aéreas, planos de saúde, bancos e prestadores de serviço; problemas com serviços públicos e prefeituras; danos ambientais de menor potencial ofensivo; crimes de trânsito e acidentes; questões que envolvem conflitos entre vizinhos; e dívidas.
As ações ligadas à mediação, conciliação e aos métodos autocompositivos de solução de conflitos no âmbito do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) são coordenadas pela 3ª Vice-Presidência, que tem à frente a desembargadora Ana Paula Nannetti Caixeta.
Independentemente da participação na Semana Nacional e da fase em que o processo judicial se encontra, o cidadão pode pedir o agendamento de uma audiência de conciliação ao longo de todo ano, pelo canal Quero Conciliar, pelo telefone 0800-2832715 ou por meio de uma visita presencial aos Cejuscs instalados nas 297 comarcas mineiras.
Na abertura da Semana Nacional da Conciliação no TJMG, ontem, foi realizada a assinatura de um termo de cooperação técnica para o Pacto Interinstitucional Pela Cultura da Paz e Resolução Consensual dos Conflitos.
O projeto envolve instituições parceiras, como o Ministério Público do Estado, a Defensoria Pública e a Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Minas Gerais (OAB-MG). (Com informações do TJMG)
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