Legislação

Cuidados ao declarar investimentos em criptomoedas no IR 2025

A omissão na declaração implica em multas altas, entre outras sanções
Cuidados ao declarar investimentos em criptomoedas no IR 2025
Crédito: Adobe Stock

A necessidade de indicar os rendimentos auferidos pelos investidores no exterior, como as criptomoedas, está entre as novidades na declaração do Imposto de Renda 2025. Portanto, a mudança na ficha de Bens e Direitos tende a aumentar a complexidade de se fazer a declaração.

Se forem custodiados ou negociados por instituições localizadas no exterior, os criptoativos se encaixam nessa nova obrigatoriedade. 

“Um investidor que opere com 10 ativos em duas corretoras estrangeiras diferentes, por exemplo, terá que preencher vinte registros na ficha de Bens e Direitos para poder declarar seus rendimentos auferidos no exterior nestas operações, o que torna o processo mais difícil”, explica Guilherme Zamur, fundador da Fiscal Cripto, solução fiscal para o investidor declarar seus investimentos em criptomoedas e otimizar seus impostos.

Desafios em torno da declaração de criptoativos no Imposto de Renda

De acordo com a Fiscal Cripto, um dos aspectos que podem tornar a declaração dos investimentos em cripto complexa é a descentralização. O investidor em ativos virtuais precisa cumprir mais cinco obrigações acessórias: quatro declarações anuais e duas mensais. 

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“O investidor prefere dedicar o tempo dele para fazer análises, realizar operações para ter um investimento lucrativo, ao invés de usar este mesmo tempo para se manter em compliance com as regulamentações da Receita Federal”, afirma Zamur.

O que acontece se eu não declarar meus ativos virtuais

Quem não declara os investimentos em criptomoedas tem vários problemas. Dentre eles, estão: pagar multas para a Receita Federal, ter contas bloqueadas por instituições financeiras e bloqueio do CPF até a regularização. 

“Os bancos, ao tomarem conhecimento de que ativos de cripto não estão sendo declarados pelo investidor, podem bloquear a conta do cliente até ele se regularizar e cumprir normas de compliance”, ressalta.

Como fazer a declaração dos criptoativos

Primeiramente, Guilherme Zamur afirma que é melhor declarar retroativamente para não ter problemas. “Se uma pessoa faz um investimento com dinheiro de origem lícita, não tem por que ela não declarar, ocultar isso”.

Além disso, diante da complexidade nesse tipo de declaração, o especialista destaca que o contribuinte pode contar com suporte especializado, o que pode evitar dor de cabeça no futuro, sobretudo em relação aos valores auferidos.

Colaborador

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