Fusões e aquisições seguem abaixo do pico de 2021 no País

São Paulo – O número de negócios envolvendo fusões e aquisições (M&As) no Brasil este ano ainda está longe do pico apresentado em 2021, acumulando até o final de setembro 1.087 transações, segundo dados coletados pela PwC.

O volume representa uma queda de quase 19% sobre o total de transações em 2024 apurado pela empresa e é 34,5% menor que o pico de 1.659 negócios registrados em 2021, quando a Selic encerrou o ano em 9,15%, segundo o levantamento que reuniu dados desde 2008.

Do total de M&As apurado pela empresa no acumulado deste ano até o final do mês passado, 884 envolveram compradores nacionais e o restante com origem multinacional, uma proporção ligeiramente maior que a verificada nos últimos anos, segundo o levantamento.

Em 2021, 1.373 negócios envolveram grupos compradores nacionais e apenas 286 multinacionais. Em 2015, a proporção foi de quase 50% para cada grupo, segundo os dados da PwC.

A empresa apurou que das 1.087 transações de M&A realizadas no país até setembro neste ano, 877 envolveram compradores estratégicos e 210 grupos de private equity.

Quanto à origem dos grupos compradores multinacionais, os Estados Unidos se destacam, apresentando compradores do país em 70 das 1.087 operações de M&A apuradas até setembro no Brasil este ano. A França aparece em segunda posição, com presença em 14 negócios, seguida pelo Reino Unido, cujas empresas participaram de 10 transações, segundo os dados da PwC.

Compradores da China, país que tem se destacado em investimentos no Brasil nos últimos anos, se envolveram em apenas cinco M&As no Brasil até agora neste ano, de acordo com o levantamento, somando 42 negócios no país desde 2019.

Por setores, a maior parte das 1.087 transações realizadas até o final de setembro no Brasil envolveu empresas de telecomunicação, mídia e tecnologia, com 453 M&As, afirmou a PwC.

Reportagem distribuída pela Reuters