Legislação

Câmara aprova PL que autoriza PBH assumir gestão do transporte coletivo

Texto confere à PBH autorização para gerir transporte público e propõe contrapartidas por parte das empresas de transporte. Intenção é de melhorar o sistema diante de pagamento de subsídio proposto por Fuad Noman (PSD)
Câmara aprova PL que autoriza PBH assumir gestão do transporte coletivo
Gabriel Azevedo (sem partido) afirmou que PBH pode sustar contrato com empresas de ônibus, caso necessário | Crédito: Reprodução TV CMBH

A Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) concluiu, nesta sexta-feira (5), a aprovação, em segundo turno, do projeto de lei que propõe ao município encampar o sistema de transporte público diante de não aceitação de contrapartidas. As medidas apresentadas em substitutivo a PL tratam-se de sugestões administrativas que confere à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) a autorização de aplicá-las junto ao sistema de transporte urbano na cidade. O texto também prevê a possibilidade de sustar o contrato para uma nova licitação.

De acordo com as leis municipais, a CMBH pode autorizar o poder Executivo municipal a assumir qualquer decisão administrativa no caso de uma empresa transportes descumprir o que rege o contrato de prestação de serviço ao município.

Diante da intenção da prefeitura em oferecer um subsídio de R$ 476 millhões às empresas de transportes para tentar baratear a passagem de ônibus, o texto do projeto de lei propõe algumas exigências. Dentre as contrapartidas está assim como a redução da passagem de R$ 6 para R$ 4,50, o pedido de instalação de ar-condicionado em todas as linhas, a pontualidade dos horários, além da plotagem publicitária de veículos para a atração de investimentos.

Na votação, 40 vereadores aprovaram o texto, que segue para apreciação do prefeito Fuad Noman (PSD) nos próximos dias.

Toda a mobilização entre os dois poderes da Capital teve início após o reajuste da passagem de ônibus via medida judicial no último dia 23 de abril. A tarifa, que era de R$ 4,50, foi ajustada para R$ 6, um aumento de 33% para quem utiliza o serviço.

Foram registrados 40 votos favoráveis ao projeto de lei de mobilidade urbana de BH, não tendo votos contrários | Crédito: Reprodução TV CMBH

“Quero agradecer aqui, favorável, 40 votos da Câmara Municipal de Belo Horizonte. O povo merece um serviço de transportes módico, mas de qualidade. Subsídio não é dinheiro ao vento. Subsídio é dinheiro que precisa ser valorizado, e queremos a passagem de volta a R$ 4,50, ar-condicionado, elevadores para cadeirantes funcionando, ou seja, serviço de qualidade”, disse o presidente da Casa e do colégio de líderes, vereador Gabriel Azevedo (sem partido).

“Para ser público, ele precisa ter qualidade, precisa ter horários, precisa ter respeito à população. Isso é raro de termos, 40 votos, e a CMBH unida para este resultado é motivo de força”, exclamou.

PBH prepara comissão especial

A PBH explica que, pensando na hipótese de que, nos próximos dias, uma crise agrave a relação entre as empresas de ônibus com a cidade, providências estão sendo tomadas. Dentre elas, é planejada para os próximos dias a montagem de uma comissão para sustar o atual contrato.

Quanto aos integrantes, o poder Executivo ainda não definiu os nomes. Caberá também a esses a função de elaborar uma nova licitação do transporte público. A medida pode ser publicada mediante determinação de Fuad Noman.

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