Legislação

PF prende mais dois acusados de participar de assassinato de Marielle

PGR denuncia irmãos Brazão e delegado do Rio em caso Marielle; os mandados foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal
Atualizado em 9 de maio de 2024 • 11:30
PF prende mais dois acusados de participar de assassinato de Marielle
Crédito: Fernando Frazão/Agência Brasil

Rio de Janeiro – A Polícia Federal (PF) cumpriu, nesta quinta-feira (9), dois mandados de prisão preventiva contra acusados de participar dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Os mandados foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da Procuradoria-Geral da República.

Um dos mandados foi cumprido no presídio federal de Campo Grande, onde um dos alvos está detido. O outro foi cumprido na cidade do Rio de Janeiro. Os nomes dos acusados não foram divulgados pela PF e nem pelo STF, que informou que o processo é sigiloso.

As investigações dos homicídios, que foram iniciadas pela Polícia Civil e atualmente também estão sendo feitas pela PF, já resultaram na prisão de dois acusados de executarem os assassinatos, os ex-policiais Ronnie Lessa e Élcio Queiróz, dos acusados de planejarem o crime, os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, e do delegado de Polícia Civil Rivaldo Barbosa que, segundo as investigações, teria tentado garantir que os irmãos saíssem impunes.

Também já havia sido preso o bombeiro Maxwell Simões Corrêa, acusado de ajudar na destruição de provas do crime.

PGR denuncia irmãos Brazão e delegado do Rio em caso Marielle

A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou denúncia, nesta terça-feira (7), contra Domingos Brazão, conselheiro doTribunal de Contas do Estado (TCE) do Rio, o deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ) e o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio.

Eles foram presos pela Polícia Federal sob suspeita de mandar assassinar a vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e o motorista Anderson Gomes em março de 2018. A denúncia será analisada pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF.

Desde 2018 havia suspeitas sobre Domingos Brazão no caso. Pessoas ligadas ao conselheiro foram acusadas de tentar atrapalhar as investigações com uma falsa testemunha.

O próprio ex-deputado chegou a ser nomeado como mandante do crime contra a parlamentar pela ex-procuradora-geral da República Raquel Dodge numa denúncia que o envolvia na tentativa de obstruir a apuração. Contudo a Justiça arquivou a acusação contra o ex-deputado.

A defesa de Domingos Brazão afirmou, no momento da prisão, que ele não tem qualquer ligação com o caso da morte da vereadora e que “delações não devem ser tratadas como verdade absoluta”.

Já Chiquinho Brazão, afirmou em 26 de março, que tinha “ótima relação” com Marielle quando era vereador e minimizou a divergência apontada pela PF em relação a um projeto dele para flexibilizar regras de regularização de terras no Rio.

A defesa do delegado Rivaldo Barbosa nega qualquer envolvimento dele com o crime e declara ter certeza de sua inocência. (Brasília – Constança Rezende)

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