Legislação

Senado aprova MP que cria consignado para setor privado

O texto permite que esse tipo de financiamento seja feito por trabalhadores com vínculo formal em plataformas digitais, seja por canais dos bancos ou pelo aplicativo da Carteira de Trabalho
Senado aprova MP que cria consignado para setor privado
Foto: José Cruz | Agência Brasil

Depois da Câmara, o Senado aprovou nesta quarta (2) medida provisória que trata do empréstimo consignado para trabalhadores do setor privado. O texto permite que esse tipo de financiamento seja feito por trabalhadores com vínculo formal em plataformas digitais, seja por canais dos bancos ou pelo aplicativo da Carteira de Trabalho. A promessa é de que, feita a solicitação, o trabalhador começará a receber ofertas em até 24 horas.

As regras valem para trabalhadores regidos pela CLT, empregados domésticos, rurais e diretores não empregados com direito ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Durante tramitação em comissão especial, congressistas incluíram motoristas e entregadores por aplicativos no acesso a esse tipo de crédito.

Alguns integrantes da oposição ao governo se posicionaram contra a medida, afirmando que o modelo de empréstimo compulsório pode estimular o endividamento da população. “Não é a solução. Aumenta o endividamento das pessoas, oferecendo-se um juro extorsivo e com chance de inadimplência muito grande”, disse o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN).

A medida provisória foi publicada pelo governo em março, e perderia validade se não fosse aprovada pelo Congresso até a próxima quarta-feira. Segundo o Executivo, o texto pode triplicar o volume de crédito para trabalhadores do setor privado, de R$ 40 bilhões para R$ 120 bilhões.

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‘Vitória’

“A aprovação é uma vitória para os trabalhadores, que agora têm acesso a crédito com juros mais baixos. Cerca de 63% das operações estão concentradas em pessoas que ganham até quatro salários mínimos, e o Congresso reconheceu a importância desse programa para o trabalhador assalariado”, disse o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, em nota.

Desde a edição da medida provisória, já foram contratados R$ 17,2 bilhões por 2.746.272 trabalhadores. A taxa média de juros ficou em 3,55% ao mês, e o valor médio do empréstimo por contrato foi de R$ 5.382,24.

Reportagem distribuída pelo Estadão

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