Legislação

TJMG empossa 70 juízes substitutos

TJMG empossa 70 juízes substitutos
Crédito: Alisson J. Silva

Setenta bacharéis em direito tomaram posse na última quinta-feira (29) como juízes substitutos em Minas Gerais. A solenidade que marcou o ingresso deles na magistratura mineira, conduzida pelo presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), desembargador Nelson Missias de Morais, foi realizada no auditório do órgão especial, com a presença de magistrados, além de familiares e amigos dos empossados.

Ao se dirigir aos novos juízes, o presidente Nelson Missias destacou que a magistratura não é apenas o exercício de uma profissão, mas o desempenho de uma missão.

“É verdadeiramente um sacerdócio, que tem como meta final contemplar as necessidades dos 21,6 milhões de cidadãos distribuídos pelas Minas e pelos Gerais, cada um com características próprias, muito peculiares e distintas entre si, mas todos merecedores da nossa maior atenção”, ressaltou.

Nelson Missias declarou-se honrado de ser anfitrião da turma, por acreditar que eles compõem um grupo seleto, preparado tanto para enfrentar os desafios do dia a dia quanto para se somar aos demais magistrados no esforço de resistência e de preservação da autonomia, diante do quadro de ameaças que paira sobre o Poder Judiciário”.

Em seu discurso, o presidente do TJMG citou também a “Oração aos Moços”, de Ruy Barbosa, texto que o magistrado escolheu por considerá-lo extremamente atual, apesar de escrito em 1921.

Nelson Missias disse perceber grande afinidade entre o que escreveu o jurista baiano e seu próprio modo de pensar a magistratura:

“O direito dos mais miseráveis dos homens, o direito do mendigo, do escravo, do criminoso, não é menos sagrado, perante a Justiça, que o do mais alto dos poderes. Antes, com os mais miseráveis é que a Justiça deve ser mais atenta, e redobrar de escrúpulo”, destacou do texto do jurista.

O presidente do TJMGs reafirmou que os magistrados têm responsabilidades sociais com a desigualdade e que jamais podem afastar-se delas.

“Estejam atentos, portanto, meus caros, a mais esta lição barbosiana”, disse.

Outras recomendações do chefe da magistratura mineira aos juízes que agora se iniciam na carreira foram estas: preservar o bom senso e o equilíbrio e se afastar do senso comum, de modo especial nestes tempos amplamente corrompidos pelas notícias falsas.

O desembargador encerrou seu discurso com um conselho para os novos magistrados: “Não prejulguem, pois, por trás de cada processo que examinarem, existe uma pessoa, homem ou mulher, que tem uma vida, uma família, uma pessoa amada. Não podemos impor a essa pessoa, sem conhecer sua verdade, sofrimentos desnecessários e injustos”, concluiu. (Com informações do TJMG)

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