Agenda 2030: tirar do papel para transformar e prosperar

Estamos a cinco anos do prazo final da Agenda 2030 e o Brasil ainda enfrenta enormes desafios para cumprir as metas globais de desenvolvimento sustentável. O Relatório Luz 2025 aponta avanços pontuais, mas insuficientes diante das desigualdades sociais, econômicas e ambientais que persistem no País.
Penso que avançamos como possível, precisamos ir além da teoria e, para isso, é urgente esse cenário ser visto como um convite à ação. A Agenda 2030 não é um compromisso distante, reservado a governos e organismos internacionais. Ela é um mapa prático que pode orientar cidadãos, organizações sociais, gestores públicos e empresários em direção a um futuro mais justo, inovador e próspero.
Para o setor privado, os ODS são mais que a responsabilidade social – representam estratégia de negócios. Incorporar sustentabilidade, diversidade, inovação e inclusão nas práticas empresariais é uma forma de aumentar competitividade, conquistar consumidores cada vez mais atentos e atrair investidores que buscam empresas alinhadas a critérios ESG. Defendo que estar comprometido com a Agenda 2030 é também abrir caminhos para lucros consistentes e duradouros.
Há em Minas Gerais inúmeros exemplos de empresários que já provaram ser possível crescer, ao mesmo tempo em que geram impacto positivo: negócios sociais que unem tecnologia e inclusão; empresas que transformam resíduos em soluções; startups que ampliam acesso à educação e à saúde. Mesmo sem relação direta com o impacto social, o mercado é capaz de facilitar o desenvolvimento sustentável como caminho natural da economia contemporânea.
Por isso, este é um momento de virada. Precisamos olhar para as metas globais não como obstáculos, mas como oportunidades de inovação e colaboração. O desafio é grande, mas a força coletiva é maior.
Deixo para reflexão uma pergunta simples que pode iniciar ações: o que você pode fazer, hoje, no seu negócio, na sua comunidade ou no seu cotidiano para aproximar o Brasil da Agenda 2030?
De posse dessa resposta, proponho que cada um de nós assuma um compromisso concreto – seja grande, seja pequeno. Vamos transformar um quadro de insuficiência em uma história de conquistas. O tempo urge e praticar a Nova Economia é ser parte da Agenda 2030. Há espaço para agir sem depender de grandes investimentos. O futuro que queremos é fruto das escolhas do presente.
Leia a reportagem: Relatório Luz aponta década de avanços insuficientes no Brasil
Ouça a rádio de Minas