Movimento Minas 2032

Para além da filantropia: ODS como pilar de estabilidade

Empresas que adotam a Agenda 2030 geram legitimidade social, fator essencial para a confiança empresarial, atração de investimentos e um ambiente econômico saudável
Para além da filantropia: ODS como pilar de estabilidade
Crédito: Reprodução Freepick

A convergência entre os ideais da Agenda 2030, expressos pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), e os valores fundamentais da República – justiça, equidade e cidadania plena – representa uma grande oportunidade para a iniciativa privada.

Em Minas Gerais, cada vez mais, vemos como essa articulação gera ganhos concretos. Segundo dados oficiais, o Estado acumulou mais de 1 milhão de empregos formais criados desde 2019, conforme números da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG). Já o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) apontou, em seu Relatório de Sustentabilidade de 2024, que 54,5% de seus desembolsos foram destinados a iniciativas alinhadas a pelo menos um dos ODS.

Como jornalista do segmento econômico, tenho testemunhado que as empresas que adotam a Agenda 2030 como estratégia de fortalecimento de seus negócios acabam por empoderar a economia regional e, consequentemente, a própria República. Essa postura gera um ambiente de legitimidade social e estabilidade, fatores fundamentais para economias saudáveis. Não tenho dúvida de que, quando as empresas participam ativamente desse novo pacto social e econômico, contribuem para consolidar uma República mais plena – o que, por sua vez, favorece a previsibilidade, a confiança empresarial e a atração de investimentos.

Entendo os desafios financeiros, culturais e administrativos para a implementação efetiva da chamada Nova Economia. No entanto, o despertar para essa consciência é urgente para garantir a longevidade dos negócios.

Ao longo das mais de nove décadas de história do Diário do Comércio, acompanhamos centenas de empresários mineiros atentos a esses desafios econômicos contemporâneos que dialogam com as metas da ONU. Mas precisamos de mais. Precisamos de negócios que abracem a Agenda 2030, pois são eles que reforçam os valores republicanos que já nos pertencem.

Se, juntos – setor privado, governos e sociedade civil -, construirmos mais pontes para uma economia regenerativa e sustentável, seguramente o caminho do êxito passará por avanços em justiça social.

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