Brasileiras vão participar do Programa de Intercâmbio em Nova York
O Instituto Por Elas, organização sem fins lucrativos que atua no empoderamento feminino e o enfrentamento da violência de gênero realizará, no dia 13 de março, o Programa de Intercâmbio de Lideranças Femininas, feito em parceria com a Prefeitura de Nova York. A iniciativa é exclusiva para 25 mulheres brasileiras de cinco estados selecionadas pelo comprometimento ao enfrentamento à violência doméstica e à promoção da equidade de gênero.
Empresárias, comunicadoras, empreendedoras, especialistas, agentes públicas e lideranças femininas brasileiras de diversos segmentos se reunirão com especialistas internacionais para debater o tema e compartilhar experiências com intuito de implementar soluções inovadoras voltadas para o enfrentamento à violência contra a mulher no Brasil.
O evento, que será realizado no Manhattan Family Justice Center (MFJC), paralelamente à 69ª sessão da Comissão sobre a Situação da Mulher (CSW), na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, tem como propósito fomentar e fortalecer redes globais em benefício dos direitos das mulheres.
Para a criadora e presidente do Instituto Por Elas, a mineira Rizzia Froes, o evento promove conscientização e propõe ações práticas para mudar a realidade das mulheres brasileiras. “Escolhemos lideranças participantes que fazem a diferença em local e globalmente para debater, aprender e replicar em suas regiões ações de fortalecimento dos direitos humanos, especialmente feminino. Depois do evento, pretendemos trazer ao Brasil iniciativas e projetos regionais que ampliem a proteção a meninas e a mulheres em situação de vulnerabilidade”, explica ela, que também é realizadora do evento.
O conteúdo continua após o "Você pode gostar".
Rizzia Froes, ao voltar para o Brasil, reforça que as participantes têm a missão identificar e implementar projetos em suas cidades, integrando redes de proteção para meninas e mulheres, atuando em conjunto com o governo, empresas e Terceiro Setor.
A presidente do instituto ressalta que o retorno de Donald Trump à presidência dos EUA gera novos desafios para os direitos das mulheres americanas e que o encontro se apresenta como um espaço estratégico para o debate de políticas públicas e soluções inovadoras no combate à violência contra mulheres.
Entre as oito mineiras selecionadas, está Rejiane Evangelista da Silva, assistente social de 40 anos e natural de Itacarambi. Ela é uma das três premiadas com o custeio de toda a viagem ao evento, estimado em cerca de R$ 20 mil e conta que usará a oportunidade para aprender e realizar o sonho de trabalhar com assistência social.
Atuante como liderança feminina, colabora com ações de educação e combate à violência feminina e direito das crianças, especialmente meninas. “Tenho certeza que o Programa de Intercâmbio de Lideranças Femininas colaborará com a realização do meu propósito de carreira, evoluindo na carreira e ajudando outras mulheres”, comemora.
Luiza Mara Ribeiro, 36 anos, é advogada especializada em direito das mulheres vítimas de barragens, sendo representante legal de diversas vítimas de violência ambiental, especialmente entre as mineiras. “O impacto na vida das vítimas de rompimentos de barragens é para sempre. Viúvas, sem muito preparo e informação, precisam conciliar o luto com relacionamentos abusivos de todas as naturezas. E a violência doméstica está naturalizada entre nós, em todas as classes sociais e precisa ser combatida urgentemente. Acredito que traremos do encontro com os especialistas, perspectivas para melhorar nossas vidas”, aposta a advogada.
Participe do Instituto Por Elas
O Instituto Por Elas atua por meio de projetos inovadores e parcerias globais, a instituição transforma realidades e cria soluções que impactam comunidades em todo o mundo. Presente em dois países, EUA e Brasil, impacta cerca de 100 brasileiras por mês com formação, atendimento e assistência social.
Saiba mais no site do instituto.
Ouça a rádio de Minas
