Cultura é caminho para facilitar a sensibilização às metas da ONU

A arte tem se mostrado uma poderosa aliada na promoção dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), levando mensagens de preservação, educação e igualdade a públicos diversos. Seja na adoção de práticas sustentáveis pelo desenvolvimento socioeconômico ou em projetos que promovem a conscientização. Iniciativas inovadoras mostram como a cultura e a tecnologia podem caminhar juntas para impulsionar o letramento social e ambiental.
A Orquestra Filarmônica Ramacrisna, grupo musical do Instituto Ramacrisna, trouxe a preservação do meio ambiente para em seu dia a dia e se tornou a primeira em Minas Gerais a adotar partituras 100% digitais, substituindo o uso de papel. Com a aquisição de 40 tablets, a orquestra modernizou a prática musical dos seus 40 músicos, que agora podem acessar as partituras digitalmente.
O maestro Eliseu Barros, regente da orquestra, ressalta que a proposta moderniza a prática musical dos jovens talentos do grupo, protege a natureza e alinha-se às diretrizes de Environmental, Social, and Governance (ESG) da instituição com ações no dia a dia. “Adotar essa tecnologia facilita o trabalho dos músicos, mostra que nossa orquestra está na vanguarda da inovação musical e promove a consciência entre os jovens. É uma honra fazer parte desse momento”, celebra.
A Orquestra Filarmônica Ramacrisna nasceu em 2005 com o objetivo de formar crianças e jovens em situação de risco pessoal e social da comunidade de Vianópolis, em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Atualmente, conta com 40 alunos em sua composição. Anualmente, eram utilizadas aproximadamente 5.640 folhas para a impressão de partituras para os ensaios e apresentações, o equivalente à supressão de uma árvore e 65.600 litros de água para a produção do papel.
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Presidente do Ramacrisna, Solange Botaro destaca a importância dessa evolução tecnológica como exemplo para o Terceiro Setor. “Nós buscamos inovação e tecnologia para o dia a dia da instituição. Sabemos que tais iniciativas colaborar para desenvolvimento social e fomento do Terceiro Setor mineira”, ressalta.
Histórias da Floresta
Paralelamente e de forma itinerante, o Projeto Histórias da Floresta propõe conscientizar o público infantil sobre a importância da preservação ambiental e da valorização das culturas tradicionais.

“O projeto Histórias da Floresta surge da urgência em resgatar nossas raízes ancestrais e semear novos saberes sensíveis ao universo infantil, lembrando dos princípios milenares da nossa terra e do prazer de ouvir e contar histórias. E com a Floresta Viva, uma exposição interativa, a educação pelos ODS acontece brincando”, explica a coordenadora do projeto, Flávia Milbratz.
Com uma proposta de proporcionar uma experiência imersiva dentro de florestas recriadas nas grandes cidades, o projeto é composto por instalações visuais e sonoras com mais de 500 espécies nativas de plantas e recria cenários inspirados em aldeias indígenas. Um mergulho sensorial, aliado a oficinas educativas e apresentações culturais, para introduzir conceitos ambientais e culturais de forma lúdica, ensinando alguns dos ODS às crianças por meio da arte.
Realizado em cidades como Brasília, Fortaleza, São Paulo, Curitiba e Recife, o festival literário Floresta Viva já impactou mais de 28 mil pessoas em edições anteriores e estará em Belo Horizonte em 2025. E hoje aguarda patrocínios para ampliar a quantidade de beneficiados, já que o espetáculo é gratuito.
Para a socióloga Mara Greide, essas iniciativas promovem a educação inclusiva e integradora. “A arte é um instrumento eficaz para o letramento social, especialmente quando aliada à tecnologia e à sustentabilidade, inspirando novas gerações a se conectarem com causas globais de maneira criativa e significativa. Governos, empresas e Terceiro Setor devem, de forma articulada, usar a arte como forma de educação e conscientização acerca da Agenda 2030”, finaliza.
DOA MG
Instituto Ramacrisna
Fundado pelo jornalista Arlindo Corrêa da Silva em 1959, já impactou a vida de mais de 2 milhões de pessoas de 12 cidades da Grande BH nos últimos 65 anos
Localizado em Betim, o Ramacrisna desenvolve projetos de aprendizagem, profissionalização, cultura, de geração de trabalho e renda, de tecnologia, de esporte e lazer, entre outros
Doações ou informações via site.
Projeto Histórias da Floresta
Realizado pela Colorida, Cultura e Infância e depende de patrocínios para cada edição
O grupo está em captação de recursos para a edição na capital mineira
Interessados em colaborar devem procurar Flavia Milbratz pelo telefone (41) 99638-222 ou por e-mail: [email protected]
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