Felicidade e desenvolvimento socioeconômico

Em uma contemporaneidade marcada pela fluidez e pela incerteza, a busca pela felicidade se tornou um desafio constante. Zygmunt Bauman, sociólogo e filósofo polonês, em sua teoria sobre a sociedade líquida descreve um mundo onde tudo é transitório – desde as relações até os valores e as conquistas pessoais.
Na prática, sinto que está cada vez mais difícil ser feliz. Vejo contextos de infelicidade se propagando por todos os lados. Pensar a felicidade como algo igualmente acessível a todos e de forma permanente ao longo da vida é uma visão limitada. Milhares de pessoas estão em busca de fórmulas mágicas para a felicidade.
A liquidez descrita por Bauman ajuda a entender como a felicidade, muitas vezes, é confundida com satisfação imediata. A posse de bens ou a busca por experiências parecem se encaixar perfeitamente nesse contexto. Produtos e vivências infinitas prometem alegria, especialmente quando exibidos nas redes sociais. Mas essa alegria parece nunca ser suficiente.
Com isso, os laços tornam-se menos profundos e as relações passam por constantes transformações. Quem me conhece sabe o respeito que tenho pelo digital como uma excelente ferramenta de comunicação. No entanto, também sabem como sou avessa à superdigitalização das interações e à exposição excessiva de vidas que se desenrolam exclusivamente nas redes sociais.
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Estamos em desequilíbrio. Mas é preciso avançar. O Instituto Movimento Pela Felicidade e Bem-Estar (IMPFBE) é um exemplo de que a busca pela felicidade deve fazer parte de uma agenda global. Promover a felicidade é essencial para o desenvolvimento sustentável, a Agenda 2030 e a Nova Economia.
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