Negócios e a divisão de tarefas entre homens e mulheres

O tema Economia do Cuidado é relativamente novo. Pensar que atividades essenciais como o cuidado de crianças, idosos e a realização de tarefas domésticas têm implicações diretas para o setor produtivo também.
É realidade que a sobrecarga de cuidados, majoritariamente assumida por mulheres, limita a plena participação feminina no mercado de trabalho. Reconhecer isso é fundamental para promover ambientes corporativos mais justos, produtivos e sustentáveis.
Nesse sentido, não dá para falar em Environmental, Social and Governance (ESG), de fato, sem relacionar o papel estratégico das empresas. Isso porque ao adotarem políticas internas que favoreçam a conciliação entre vida profissional e responsabilidades de cuidado, favorecem a cultura da equidade de responsabilidades domésticas, oferecem rede de ferramentas de apoio, como creches corporativas, horários flexíveis, licenças parentais igualitárias e apoio à saúde mental, não são apenas benefícios sociais, mas investimentos em produtividade, engajamento e retenção de talentos.
Além disso, ao incorporar a Economia do Cuidado em suas políticas de responsabilidade social, as organizações contribuem para reduzir desigualdades de gênero, fomentar o desenvolvimento local e impulsionar o crescimento econômico. Estudos mostram que economias que investem no cuidado tendem a ter maior participação feminina na força de trabalho e crescimento sustentável do PIB.
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Portanto, cuidar de quem cuida é também papel das empresas. Ignorar essa agenda é negligenciar parte significativa da força produtiva e de sua contribuição potencial. Integrar a Economia do Cuidado ao planejamento corporativo é não apenas uma atitude ética, mas uma decisão inteligente para o futuro dos negócios.
Leia a reportagem: Economia do Cuidado para transformar
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