Considerado um dos modelos mais seguros de expansão das marcas e uma das principais portas de entrada para o mundo do empreendedorismo, o franchising brasileiro acaba de ganhar um curso pensado para gestores do setor e líderes de marcas que querem se tornar franqueadoras.

A especialização “Gestão em franquias “, lançada pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas), tem como parceira a 300 Franchising – holding que abriga mais de 90 marcas franqueadoras.

De acordo com o CEO da 300 Franchising, Leonardo Castelo, o curso se baseia no conceito de franchising 4.0, que preza pelo crescimento acelerado das marcas.

“O franchising 1.0 diz respeito a quando o sistema chegou ao Brasil; o 2.0 quando chegou o conceito de microfranquias e franquias escalonáveis; o 3.0, a entrada das indústrias no sistema e agora o 4.0, com o uso massivo de tecnologia, growth, marketing digital, com o objetivo de acelerar a expansão. Até aqui, acreditava-se que para crescer de maneira sustentada, a expansão deveria ser lenta. O que garante a sustentabilidade e a sustentação de um negócio não é a velocidade, mas sim a qualidade da gestão”, explica Castelo.

O conceito de franchising 4.0 foi impulsionado pela pandemia, quando a tecnologia precisou ser inserida nos negócios a toque de caixa, como a principal e, em alguns casos, talvez, a única ferramenta para sobreviver durante os dois últimos anos.

Tudo isso se refletiu nos números do franchising brasileiro. O balanço de 2021 divulgado pela Associação Brasileira de Franchising (ABF) mostra a recuperação do setor depois da crise sem precedentes vivida no ano anterior pela economia mundial em virtude da pandemia. De acordo com os números divulgados, o setor de franquias no Brasil faturou R$ 185 bilhões, contabilizando um crescimento de 10,7% em relação a 2020, chegando a patamar semelhante ao de 2019, que foi de R$ 186,755 bilhões. A expectativa é que este ano o desempenho se mantenha, superando o valor de R$ 201 bilhões em faturamento e 182 mil unidades em funcionamento.

“Não existe um franqueado ideal. As franqueadoras precisam ensinar, ser escolas de empreendedorismo. Nesse mundo acelerado que vivemos, quem sabe mais tende a ter melhor performance. A pandemia fez com que decisões e planos que demorariam anos, fossem tomados em questão de dias, quando não de horas. A participação dos franqueados se intensificou. Por isso a oportunidade de fazer essa parceria com a PUC-Minas nos deixa tão felizes”, pontua.

Com duração de 360 horas on-line e 432 presenciais, o curso tem 13 meses de duração. As aulas são dadas por professores reconhecidos no mercado de franquias, nas áreas de marketing, planejamento, financeiro e estruturação operacional.

“Para crescer e se tornar perene, uma franquia precisa de uma gestão com ferramentas para escalar o negócio. Quando uma marca quer se tornar uma franqueadora ela precisa fazer, primeiro, uma análise de qual a sua margem de contribuição e sua margem de lucro. Ela precisa ter uma rentabilidade alta para remunerar as duas pontas: franqueado e franqueador. Na formatação com uma consultoria, ela faz uma análise de viabilidade financeira muito bem feita. Entender até onde consegue expandir logisticamente e fazer uma análise tributária rigorosa. No franchising, estamos falando de uma relação de longo prazo. As expectativas têm que estar alinhadas e claras quando o contrato é assinado. Esses são alguns pontos cruciais que estão logo no início do processo e que vamos tratar no curso”, completa o CEO da 300 Franchising.