Aleve quer dobrar valor de portfólio jurídico em 2025 e chegar a R$ 400 milhões

A Aleve LegalTech Ventures S/A, fundo mineiro especializado em investimentos em startups da área jurídica, pretende dobrar o valuation do portfólio em 2025. Com quatro anos de atuação, a venture builder (VB) possui, hoje, 13 startups no portfólio, avaliadas em R$ 200 milhões. A meta é elevar esse número para até 25 e encerrar o ano com o portfólio avaliado em R$ 400 milhões.
Segundo a CEO da Aleve LegalTech Ventures, Priscila Spadinger, o mercado de legaltechs está em franca expansão, o que tem contribuído para o crescimento acelerado da Aleve. Com sede em Belo Horizonte e quatro anos de operação, o portfólio da empresa atingiu R$ 200 milhões – resultado inicialmente projetado para ser alcançado entre cinco e nove anos.
A Aleve estrutura, desenvolve, opera e conecta legaltechs a investidores, mercado, ecossistemas globais, compliance, governança, tecnologia, jurídico estratégico, fundraising e Mergers and Acquisitions (M&A).
“Na Aleve, temos um centro de serviços compartilhado, onde entregamos às startups tudo de que elas precisam para se desenvolver – exceto dinheiro. Crescemos porque aprendemos a oferecer autoridade, reputação e clientes a essas startups. Também sabemos onde buscar os fundos de investimento.”
Segundo Priscila Spadinger, a Aleve surgiu para levar inovação e tecnologia ao setor jurídico. As captações são direcionadas a startups com soluções voltadas à resolução de gargalos históricos do setor. O objetivo é promover agilidade, desburocratizar processos e garantir maior eficiência.
O portfólio reúne startups que oferecem soluções diversas para o setor jurídico, como redação e revisão automáticas de petições e documentos jurídicos por Inteligência Artificial (IA); geração e gestão automatizadas de documentos jurídicos de alto volume; gestão digital das relações trabalhistas e sindicais; automação de fluxos de trabalho e gestão processual, entre outras.
“Nosso objetivo é levar tecnologias a escritórios de advocacia, departamentos jurídicos e órgãos públicos, aumentando a eficiência e a agilidade. Ao automatizar tarefas, o profissional poderá se dedicar às atividades intelectuais de maior valor agregado.”
Priscila Spadinger explica que o Brasil é o segundo país do mundo com mais advogados registrados – mais de 1,4 milhão – o que representa um mercado jurídico robusto. Outro diferencial que torna esse mercado promissor é o modelo de acesso unificado a dados públicos em todo o território nacional.
“No Brasil, um advogado pode consultar processos de qualquer tribunal sem necessidade de registros estaduais ou locais adicionais, como ocorre nos EUA. Isso torna o mercado brasileiro mais integrado, eficiente e preparado para a inovação. Trata-se de um atrativo significativo para fundos internacionais, que veem na Aleve um ponto de entrada estratégico.”
Diante de um mercado promissor, o objetivo da Aleve é ampliar a captação de legaltechs em 2025. A meta é alcançar cerca de 25 startups, com valuation estimado em R$ 400 milhões.
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