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Anjos da Guarda prevê avanço de 30% em 2024

Cenário positivo garantiu aumento de mais de 35% nos postos de trabalho
Anjos da Guarda prevê avanço de 30% em 2024
Com 36 anos de atuação no mercado de segurança, a mineira Anjos da Guarda tem sede operacional no Carmo, na Capital | Crédito: Divulgação/ Anjos da Guarda

Com 36 anos de atuação no mercado de segurança, a mineira Anjos da Guarda espera um crescimento de 30% para 2024, após registrar incremento de 32% em volume de negócios no ano passado. O avanço acompanha o aumento da demanda por segurança de setores estratégicos do Estado, como a construção civil e a mineração.

O cenário positivo garantiu também um aumento de mais de 35% nos postos de trabalho da empresa. Só em janeiro deste ano, o número de contratações já cresceu 7%, em comparação ao mesmo ano do ano passado. Sem abrir números absolutos, o CEO da empresa, Afonso Oliveira, revela alguns motivos para o cenário positivo.

O primeiro fator que ele levanta é que a empresa investiu em melhorias nos processo de qualificação e seleção de mão de obra, o que fez com que a empresa deixasse de fazer do vigilante uma commodity, o inserido na cadeia de necessidade do cliente.

O segundo fator é o incremento da economia em algumas áreas, como a mineração, que acabou tomando os serviços da empresa em maior volume. “As empresas ampliaram suas operações e apresentaram demandas de nossas atividades, como a vigilância patrimonial”, analisa Afonso Oliveira.

Além da mineração, outro setor que ele considerou “tomador de serviço” foram os condomínios residenciais. “Existe uma tendência neste primeiro semestre pela demanda das nossas atividades. Muito fomentado pelo pagamento de precatórios que acaba movimentando a economia”, diz.

Outro fator que ele aponta como importante são os investimentos que têm chegado no Estado que faz alguns setores viverem o pleno emprego e inflam a economia da região. O gestor cita o exemplo do Sul de Minas, especificamente a região da cidade de Extrema e seu entorno. “O trabalho da InvestMinas tem dado resultado e os negócios estão vindo para o Estado. Nós estamos atendendo municípios que nunca imaginávamos, com economia pujante”, comenta.

Ampliação da estrutura física é novidade para 2024

Para garantir o bom momento este ano, o CEO informa que a empresa fez diversos investimentos para garantir e fomentar o crescimento. Afonso de Oliveira conta que a empresa investiu na formação da mão de obra, ampliou a universidade corporativa que oferece cursos de qualificação gratuitos para os colaboradores, contrataram profissionais referências do segmento para ampliar o corpo de gestores e estão ampliando a estrutura física.

“Adquirimos outro prédio aqui na região para expandirmos nossa atuação administrativa e técnica para esta nova unidade para recepcionarmos melhor nossos clientes e colaboradores”, revela.

Afonso Oliveira | Crédito: Divulgação/Anjos da Guarda

Além de todos os fatores levantados, outro segmento que interferiu positivamente no segmento de segurança foi o varejista. “Quando as empresas ampliam suas operações e têm a expectativa de melhora para 2024, nós também temos boas expectativas”, diz.

Aprovação do Estatuto da Segurança Privada é maior desafio do setor

A medida provisória do governo de reoneração da folha de pagamento pode incomodar o crescimento do setor de segurança, na opinião de Afonso Oliveira. Apesar de o setor não estar sendo atingido porque não foi beneficiado pela desoneração num primeiro momento, ele considera que os setores que serão afetados com a reoneração são clientes importantes do segmento. “Só para você ter uma ideia, um dos clientes mais tradicionais que nós temos, emprega mais de 40 mil pessoas e a reoneração pode criar empecilhos para nosso incremento de faturamento e manutenção desse número de postos de trabalho”, analisa.

Outro desafio ressaltado pelo CEO da Anjos da Guarda é o desarquivamento do Estatuto da Segurança Privada. No final de dezembro de 2023, o Senado desarquivou o estatuto, arquivado desde 2016. O requerimento (RQS 68/2023) foi apresentado pelo senador Wellington Fagundes (PL-MT) com o apoio de outros 29 senadores.

O projeto de lei aguarda votação pelo Senado Federal há quase oito anos quando foi aprovado na Câmara dos Deputados. Se aprovado, na opinião de Afonso Oliveira, será um marco na Segurança Privada, fundamental para garantir o crescimento do setor. “A aprovação deste estatuto é importante porque criminaliza a atuação clandestina da profissão de segurança e traz uma formalização para as empresas de segurança eletrônica importante, de forma que organiza o setor e movimenta todo o mercado formal da cadeia”, comenta.

Empresa já atua na segurança eletrônica e novas tecnologias

O grupo Anjos da Guarda iniciou atividades na década de 80 e é composto por três empresas que atuam de forma complementar e integrada, visando disponibilizar ao mercado soluções inteligentes em serviços de segurança.

Sem abandonar a segurança em eventos, onde tudo começou, a empresa tem trabalhado para além da segurança e vigilância, e há algum tempo trabalha com soluções integradas em higienização, portaria e serviços em geral, com instalação de equipamentos de segurança eletrônica, cerca elétrica, rastreamento veicular e realização de manutenções preventivas e corretivas. Monitora alarmes, realiza gravações remotas de imagens e envio de pronta resposta.

“Como um grupo, temos soluções mais básicas a soluções mais complexas. Existem riscos em todos os níveis e há soluções em todos os níveis também. O que buscamos enquanto grupo é buscar soluções que atenda uma gama de clientes conforme as necessidades de cada um deles”, diz.

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