Holandesa Arcadis contribui para a mineração sustentável em Minas Gerais

Nos últimos anos, tornou-se ainda mais evidente a necessidade de a mineração conciliar desempenho operacional com responsabilidade ambiental e social. Atenta a esse cenário, a Arcadis, empresa holandesa de engenharia e consultoria, tem atuado no apoio às mineradoras para que desenvolvam suas atividades de forma sustentável e responsável.
Fundada em 1888, e presente no Brasil há mais de 60 anos, a Arcadis atua em todo o País em projetos, sobretudo, nas áreas de saneamento, energia elétrica, infraestrutura, logística e indústria em geral, tendo a mineração como setor-chave. Em Minas Gerais, berço da atividade mineral brasileira, os principais contratantes da empresa são desse segmento.
Com abordagem adaptada à realidade de cada cliente e buscando alinhar performance e compromisso com a sustentabilidade, a Arcadis dispõe de um amplo portfólio de soluções à mineração. A lista inclui, por exemplo: planos de fechamento de mina, estudos de uso futuro com foco em legado socioambiental, estruturação de aportes sociais integrados ao território, planos de ação de emergência para barragens e planos de descarbonização.
Dois cases ilustram a atuação da empresa no Estado. O primeiro é o auxílio à mineradora AngloGold Ashanti na construção da estratégia de uso futuro para as minas Velha e Grande, e a posterior elaboração do plano ambiental de fechamento das unidades, localizadas em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).
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O segundo é o apoio à construção do plano Itabira Sustentável, que reúne 61 projetos de curto, médio e longo prazos para a estruturação e desenvolvimento social e econômico da cidade. A iniciativa, fruto de um diálogo entre a prefeitura local e a Vale, visa preparar o município para o futuro pós-mineração, quando os recursos da companhia se exaurirem.
Mercado brasileiro está mais maduro em relação a outros países, avalia diretor
O diretor de Negócios Latam da Arcadis, Leonardo Lima, afirma que para reforçar o que a empresa já tem feito para sensibilizar o mercado em prol de uma mineração sustentável, será lançado, no prazo de dois ou três meses, uma campanha global sobre o tema. A ação terá como base três princípios que devem ser inerentes ao setor mineral: descarbonização das operações, conservação da biodiversidade local e legado social às comunidades.
Ele ressalta que, cada vez mais, é preciso que as empresas tenham responsabilidade não só com os próprios negócios, mas com o meio ambiente e as pessoas. E ter consultorias para estudar o quanto antes os impactos das atividades e o melhor modo de mitigá-los facilita o trâmite de projetos e evita atrasos na etapa de licenciamento, além de trazer benefícios operacionais, num momento em que “fazer mais, com menos” se tornou essencial.
Para o dirigente, a mineração é fundamental para a transição energética global, mas não pode ser feita de qualquer maneira. Logo, não há outro caminho a ser seguido pelo setor a não ser atuar com responsabilidade socioambiental e iniciativas sustentáveis. Conforme Lima, isso já tem se tornado realidade, especialmente dentro do setor mineral brasileiro.
“Temos trabalhado com muitos clientes de mineração, tanto no Brasil quanto no exterior, e posso garantir que a maturidade dos brasileiros é maior do que as de alguns países de fora. Isso nos dá muita satisfação, embora ainda haja um caminho longo de evolução pela frente”, diz. “O importante é que os temas estão sendo debatidos com mais densidade e sendo colocados, de fato, na agenda de discussão das empresas”, destaca.
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