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Balança tem superávit em Minas Gerais mas recua 21,6% no ano

Com queda de 9,6% nas exportações e aumento de 22% nas importações entre janeiro e julho deste ano, na comparação com os mesmos meses de 2017, o saldo da balança comercial de Minas Gerais (exportações menos importações) permaneceu positivo, mas caiu 21,6% neste ano. O superávit da balança comercial do Estado no acumulado até julho ficou em US$ 8,443 bilhões, mas diminuiu em relação ao resultado, também positivo, dos mesmos meses de 2017, que foi de US$ 10,768 bilhões. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic). As exportações caíram principalmente por causa das menores remessas de minério de ferro e café ao exterior. Esses dois produtos são os mais importantes para a pauta de exportações do Estado, com participação de 40,2%, juntos. Já as importações foram alavancadas pela compra de automóveis de unidades da Fiat Chrysler Automobiles (FCA) instaladas na América Latina. Com base nos dados do Mdic, as exportações estaduais somaram US$ 13,476 bilhões até julho deste ano, sobre US$ 14,892 bilhões em iguais meses de 2017, queda de 9,6%. A retração reflete, em especial, as menores vendas externas do minério de ferro (-28,5%) e do café (-19,4%). Os embarques de minério de ferro, entre janeiro e julho deste ano, somaram US$ 3,915 bilhões, contra US$ 5,470 bilhões no mesmo intervalo de 2017. O Estado embarcou praticamente 267,5 milhões de toneladas a menos em 2018. Ainda assim, o minério continua como o principal produto da pauta de exportações, com participação de 29%. As vendas externas de café também caíram em volume e receita. O Estado embarcou 12% a menos em quantidade no acumulado até julho, ante o mesmo período de 2017. As remessas do grão ao mercado internacional renderam US$ 1,515 bilhão, sobre US$ 1,879 bilhão, queda de 19,4%, em igual confronto. Ao contrário do minério de ferro e do café, as exportações de soja e do ferronióbio, entre janeiro e julho, tiveram crescimentos de 60,2% e 31%, respectivamente, em relação ao mesmo intervalo de 2017. No caso do ouro, foi registrada uma redução de 1,4% nos embarques deste ano. Leia também: No País, saldo é positivo em US$ 4,2 bi em julho Importações – As compras de Minas no mercado externo totalizaram US$ 5,033 bilhões até julho, 22% de alta frente aos mesmos meses de 2017, quando as importações estaduais somaram (US$ 4,124 bilhões). O produto mais comprado por Minas no mercado externo foi a hulha betuminosa – que é o carvão mineral, usado nos altos-fornos de usinas instaladas no território mineiro -, com participação de 8,2% nos desembarques do intervalo. No entanto, foi a importação de veículos, praticamente a totalidade pela FCA, que impulsionou as compras externas de Minas Gerais. O desembarque de automóveis somou US$ 400 milhões de janeiro a julho, sobre US$ 100,8 milhões no mesmo período de 2017, uma evolução de 296,8%. Na divisão por blocos econômicos, a Ásia foi a maior parceira comercial de Minas Gerais, tanto em termos de exportações, quanto de importações. Até julho deste ano, os países asiáticos foram destino de 42,2% de tudo que o Estado exportou, a maior parte em minério de ferro e soja para a China. A Ásia também foi a origem de 26,7% de tudo que Minas comprou.

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