Bancos são marcas mais valorizadas
Os bancos brasileiros apresentaram crescimento relevante no ranking das 60 marcas mais valiosas do País. O segmento dos bancos obteve o maior crescimento em relação a 2017, com 44% de acréscimo e representa, atualmente, quase 26% do total das marcas mais valorizadas do País, segundo dados do levantamento anual do BrandZ Brasil. Os bancos mais valiosos do País, entre eles, Bradesco, Itaú, Caixa, Banco do Brasil e BTG Pactual, totalizaram, juntos, um aumento de US$ 14.702 bilhões. O Bradesco se manteve na segunda colocação do ranking, com aumento de 58% de seu valor e mais de US$ 7 bilhões. Em terceiro lugar apareceu o Itaú, que possui valor de US$ 6,1 bilhões, aumento de 42% na comparação com o ano passado. A Caixa ficou em 18° lugar e aumentou US$ 790 milhões, o equivalente a 12%. O Banco do Brasil, que subiu 15 posições, teve um salto de 127%, chegando a US$ 425 bilhões e o BTG Pactual atingiu o valor de US$ 271 milhões, relativos a 9%. Na avaliação do CEO da Kantar Consulting para América Latina, Eduardo Tomiya, o expressivo crescimento no valor das marcas de bancos no Brasil se deve ao valor de mercado dessas empresas e também às expectativas positivas em relação à economia no início deste ano. “Em 2017, essas marcas experimentaram uma queda e agora tiveram recuperação de valor de marca devido à percepção elevada de seus negócios. Os principais bancos tiveram resultados financeiros interessantes, apesar da competição com fintechs e outros concorrentes, e permanecem relevantes na mente dos consumidores”, explicou Tomiya. A alta rentabilidade das instituições financeiras e as elevadas taxas do sistema financeiro brasileiro, que poderiam contribuir para uma avaliação negativa por parte dos consumidores, foram responsáveis por mudanças no mercado financeiro e pela diversificação da fonte de receita dos bancos, segundo Tomiya. “A dependência excessiva do crédito levaria a uma visão negativa do ponto de vista dos consumidores e, por isso, cada vez mais os bancos tentam buscar fontes alternativas para aproveitar o relacionamento e a marca e procurar novos produtos e serviços. Cada banco tem um modelo diferente e a expansão do portfólio de serviços justifica um pouco o aumento do valor de marca”, disse. Tecnologia – Em um contexto cada vez mais tecnológico, com o surgimento do digital, Eduardo Tomiya acredita que o diferencial dos bancos é conseguir desenvolver a inovação e se manter alinhado a seus propósitos e valores. Para o CEO da Kantar Consulting na América Latina, as fintechs surgiram como uma tendência, o que provocou forte reação das instituições financeiras em relação aos seus ambientes digitais. Apesar dessas novas empresas prometerem mais agilidade, os consumidores valorizam os princípios dos grandes bancos como solidez e integração de serviços. “Atualmente, o banco que não se adaptar a esse conceito estará fora do jogo. Devido à solidez, essas grandes instituições que têm marcas fortes usaram seus lastros e se tornaram concorrentes das fintechs, porque começaram a melhorar sua experiência digital”, ponderou Tomiya.
Ouça a rádio de Minas