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Black Aviação vai ampliar frota de aeronaves

Com o mercado do transporte aéreo privado em crescimento, empresa investe em aeronaves para atender a demanda
Black Aviação vai ampliar frota de aeronaves
A Black vem crescendo mais de 100% ao ano em faturamento e em quilômetros percorridos | Crédito: Divulgação/Black Taxi Aéreo

A demanda por transporte aéreo privado tem crescido em Minas Gerais. Em Belo Horizonte, a Black Aviação, baseada no Aeroporto da Pampulha, tem aproveitado o momento positivo para expandir. Além do serviço de táxi aéreo, a empresa atua prestando serviço de Fixed Base Operator (FBO). O serviço consiste em receber aeronaves particulares, oferecendo suporte para pilotos e passageiros.

Até o final do ano, a empresa, que hoje possui um jato Hawker 400A, vai ampliar a frota para o táxi aéreo. Serão mais três aeronaves em operação, adquiridas via contrato com parceiros ou aquisição direta. O valor do aporte não foi divulgado. 

O diretor da Black Aviação, Rafael Matos, explica que tanto os serviços de táxi aéreo como de FBO estão em expansão.

“Desde o início da pandemia, a percepção das pessoas em relação ao transporte da aviação geral mudou, o que tem ampliado a demanda pelos serviços”. 

No que se refere ao FBO, Matos explica que em 2022, os atendimentos a aeronaves feitos pela Black somaram 1.264. No acumulado do ano até julho de 2023, foram quase 700 aeronaves atendidas. Ao todo, em cinco anos, foram 5 mil atendimentos a aeronaves.

Em relação aos passageiros do FBO, desde o início das operações, em 2018, até julho de 2023, já passaram pelo hangar da Black mais de 19 mil passageiros e 1.037 comandantes. 

O número de fretamento de aviões no País vem crescendo desde a pandemia. As pessoas entenderam que o formato pode ser uma solução interessante, por isso, o crescimento. Em termos de demanda, nosso negócio de FBO tem crescido cerca de 40% ao ano”.

Os dados da Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag) mostram que desde o início da pandemia, o segmento da aviação geral registrou um notável crescimento. 

Atualmente, o Brasil conta com uma frota de aeronaves de negócios, totalizando 9.696 unidades, que incluem turboélices, jatos e helicópteros. Entre maio de 2022 e maio de 2023, a frota de jatos executivos expandiu 7,4%.

“O FBO é mais que um local para que as pessoas que possuem aeronaves possam manter e guardar as aeronaves em operações em local controlado e seguro, mas também para atender aeronaves que vem de fora da cidade, do Estado e até mesmo do País. A gente, desde a fundação, tem o propósito de atender pessoas, entendemos que aeronaves são um meio de transporte, então, de maneira simples, a aeronave é nossa obrigação. O foco da operação é atender bem as pessoas.”

Aeronaves para táxi aéreo

Quanto ao serviço de táxi aéreo, Matos explica que o mercado também segue aquecido. Por ser um serviço mais recente na Black, a empresa vem crescendo mais de 100% ao ano em faturamento e em quilômetros percorridos.

“O resultado se deve à demanda elevada, mas, claro, isso irá se estabilizar em algum momento. É um serviço mais novo na nossa empresa, mas também é uma novidade para o mercado em relação à forma que oferecemos o serviço. Temos mais proximidade com os clientes e estamos mostrando que o serviço não precisa ser tão caro. É uma aviação mais competitiva, claro que tem valor mais alto, mas também é mais acessível para quem precisa no seu tempo e a sua hora deslocar-se pelo território nacional”. 

Além do ambiente controlado, a possibilidade de escolher os horários são fatores que contribuem para que a demanda aumente. Outro ponto importante é a negociação de assentos, o que acaba tornando os preços mais competitivos. 

“Quando estamos com a nossa aeronave posicionada em outros aeroportos, a gente pode oferecer a possibilidade de retorno a Belo Horizonte ou qualquer outro lugar com acento a uma média de R$ 1.100, R$ 1.200, nada muito longe do que a gente tem visto na aviação comercial”.

Matos explica ainda que com a pandemia de Covid19, o pensamento de pessoas com logística aérea mudou e, por isso, a tendência é que o mercado siga aquecido. 

“Viajar em ambiente controlado e com pessoas conhecidas é uma das vantagens. As pessoas também entenderam que viajar em avião executivo pode ser não tão oneroso, permitindo também decolar e pousar no tempo, data e hora que convir. A demanda em Belo Horizonte, no Estado e de forma nacional tem aumentado muito”. 

Com a demanda elevada, até o final do ano, a empresa, que hoje tem um jato Hawker 400A, vai adquirir, seja por via aeronaves de terceiros ou de aquisição direta, mais três aeronaves, nos modelos King Air C90 – turboélice, King Air B200 – turboélice, e Piper – aeronave a pistão.

“Todos estes movimentos que estamos fazendo são importantes para atender a demanda, não só no transporte de passageiros, mas estamos enxergando oportunidades no transporte de cargas, aeromédico e até do transporte funeral. Parte do nosso aumento de frota será absorvendo aeronaves interessantes para o táxi aéreo e que o proprietário tem baixa utilização ou por aquisição direta”. 

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