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Conheça a clínica em Uberlândia que projeta avanços após treinar medalhistas olímpicas

Conquista do ouro e crescente demanda por serviços faz empresa projetar avanços de até 25% nos próximos meses
Conheça a clínica em Uberlândia que projeta avanços após treinar medalhistas olímpicas
Fotos: Divulgação/Labs for Fit

Os fisioterapeutas, um dos principais aliados dos atletas, direcionam esforços para transformar desafios em novas oportunidades a partir da reabilitação. Com essa proposta, a clínica “Labs for Fit” vem se destacando em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, após preparar a dupla Ana Patrícia e Duda para a conquista da medalha de ouro no vôlei de praia nas Olimpíadas de Paris.

A expectativa, segundo o fisioterapeuta e sócio-fundador da clínica, André Venturine, é que a conquista ajude a impulsionar o trabalho realizado na cidade. “Ao selecionar clínicas, é difícil olharem para o interior. Queremos mostrar que nosso trabalho tem estrutura como nas grandes capitais e que somos capazes de atender atletas de alto rendimento”, afirma.

Fundada em 2013, a “Labs for Fit” aposta no conceito de atendimento integrado, reunindo fisioterapeutas, médicos do esporte, nutricionistas, entre outras especialidades em um mesmo espaço. Em 11 anos de atuação, a clínica em Uberlândia celebra uma franca expansão, saindo de uma unidade de 170 metros quadrados (m²) para um espaço de 1.000 m² e de uma demanda de 105 atendimentos para uma média de 1.890 atendimentos de fisioterapias por mês.

Fotos: Divulgação/Labs for Fit

O atendimento privado é focado em competidores adeptos de ciclismo e maratonas, idosos que buscam longevidade, além de cuidados preventivos e pós-operatórios. Além disso, a clínica também possui uma segunda unidade voltada para atender atletas profissionais dentro do Praia Clube Uberlândia, onde passaram a gerir o departamento médico do clube.

Venturine revela que o trabalho junto ao clube em Uberlândia foi essencial para atração de atletas de alto rendimento para a cidade. Diferente do habitual, onde os atletas são responsáveis por custearem a equipe técnica, o clube assumiu a responsabilidade, fornecendo estrutura com a quadra, equipe e material necessário para treinamentos. “O Praia arrecadou patrocínios e criou um centro de treinamento, desonerando as atletas e se tornando o primeiro do mundo a possuir uma equipe própria”, destaca.

Com a conquista do ouro e a crescente demanda, a empresa projeta ampliar a atuação no Triângulo Mineiro com até duas novas unidades em parceria com fisioterapeutas. “Temos uma ideia de crescer dentro do Triângulo, mas por hora estamos focados em melhorar processos de gestão e controle para depois expandir”, pontua. Além disso, a expectativa para os próximos meses é de expansão tanto em faturamento quanto no número de pacientes fixos, com projeção de crescimento de 25% e 15% respectivamente.

Fotos: Divulgação/Labs for Fit

Conquista parte por trabalho em equipe e agilidade diagnóstica

Após o início da parceria com as atletas, Venturine se orgulha ao relembrar as conquistas obtidas nos últimos anos. “Em 2 anos e meio, ganhamos todos os campeonatos possíveis, como a Copa do Mundo de Voleibol; o Circuito Mundial e os jogos Pan-Americanos. A equipe também quebrou o recorde do circuito brasileiro de vôlei de praia em vitórias consecutivas”, pontua.

Um dos diferenciais citados por ele em relação ao tratamento na clínica em Uberlândia é a estrutura e agilidade na gestão de lesões. Segundo Venturine, as atletas não precisam se deslocar da cidade, já que o espaço conta com os recursos e tecnologia necessários para o tratamento. “Temos os principais recursos no local, além da agilidade diagnóstica por parte dos profissionais. Isso facilita a tomada de decisões e essa rapidez foi primordial para administrarmos as lesões e dificuldades durante o processo”, analisa.

Fotos: Divulgação/Labs for Fit

Além da gestão eficaz durante o processo de treinamento para as olimpíadas, o fisioterapeuta destaca a importância do trabalho em equipe para garantir a excelência tanto no atendimento aos atletas quanto no suporte aos pacientes da unidade particular. “Se a equipe não comprar a ideia o projeto não sai e conseguimos fazer a gestão para que tudo isso aconteça. Foi um trabalho de todo mundo viver essa medalha após uma entrega total minha e da equipe como um todo”, completa.

O vínculo criado entre André Venturine e as esportistas Duda e Ana Patrícia também foram decisivos para a conquista da medalha. As atletas, que vieram de grandes capitais para o interior de Minas Gerais, demonstraram confiança e otimismo desde o início do processo. “A resiliência das meninas foi dando confiança para toda a equipe. Chegamos confiantes e tudo funcionou, foi uma olimpíada maravilhosa”, avalia.

Os próximos passos continuam sendo definidos e, segundo Venturine, o Clube já demonstrou interesse em dar continuidade ao projeto com as atletas. Além da capacitação com as medalhistas, a equipe da “Labs for Fit” conta com fisioterapeutas dentro do paralímpico, em modalidades como futsal e vôlei masculino. “A ideia é que o esporte inteiro de alto rendimento esteja com a gente”, ressalta.

Fotos: Divulgação/Labs for Fit
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