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Startup mineira Colibri vai para a final do Startup World Cup 2023

Empresa especialista em desenvolver interação entre pessoas e dispositivos eletrônicos vai concorrer a US$ 1.000.000 em investimentos
Startup mineira Colibri vai para a final do Startup World Cup 2023
A Colibri é uma startup que nasceu com a missão de melhorar a interação entre pessoas e dispositivos eletrônicos | Crédito: Divulgacão / TiX

A startup belo-horizontina Colibri Interfaces e Tecnologia está na final da Startup World Cup 2023 (Copa do Mundo das Startups), que acontece de 29 de novembro a 1º de dezembro, em São Francisco, na Califórnia. Os mineiros foram os grandes vencedores da etapa nacional, ocorrida em junho deste ano e disputar o prêmio de um US$ 1 milhão em investimentos com mais de 60 startups de várias nacionalidades.

O CEO da Colibri Interfaces e Tecnologia, Adriano Assis, ressalta a importância da startup mineira chegar à final de um dos mais importantes eventos do setor, já que a SWC é uma competição global que reconhece as melhores startups de todo o mundo.

“Muitas pessoas não sabem que Minas Gerais está se tornando um polo de inovação e tecnologia, temos coisas incríveis sendo produzidas aqui. O San Pedro Valley, por exemplo, nasceu em BH e é atualmente a principal comunidade de startups do País. Estamos honrados de representar o Brasil nesta competição e mostrar a potência que nos tornamos”, afirma.

Durante o evento, Assis fará a apresentação do novo produto desenvolvido pelo negócio, o dispositivo comunicador Conversia. Na prática, no primeiro dia de competições, dia 29 de novembro, cada finalista fará uma apresentação curta de suas criações. As dez melhores vão para a grande final, no dia 1º de dezembro, desta vez com uma apresentação de quatro minutos. 

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O que é Conversia e para que serve?

De acordo com Assis, o produto Conversia foi o segundo produto do portfólio da startup mineira e funciona como uma espécie de tablet, que traduz os movimentos da cabeça e expressões faciais em comunicação plena.

“Imagine uma pessoa que perdeu a voz e os movimentos do pescoço para baixo voltando a se comunicar por meio de quaisquer movimentos residuais, não apenas da cabeça, mas também de qualquer parte do rosto… O Conversia transforma gestos como abrir e fechar boca, sorrir, fazer beijo, piscar olhos, dentre vários outros, em frases completadas rapidamente via inteligência artificial avançada e vocalizada pelo equipamento com uma voz sintetizada que pode até mesmo imitar o timbre que a pessoa possuía. Imagine o impacto dessa tecnologia brasileira para as milhões de pessoas no mundo que hoje estão nessa condição”, diz.

A ferramenta, que será apresentada aos jurados do Startup World Cup 2023, pode ser utilizada por meio do reconhecimento do rosto. A imagem, ao ser captada em tempo real pela câmera, se comunica por escrito ou por cartões simbólicos, usando qualquer combinação de movimentos faciais voluntários, como sorrisos, abertura da boca e piscar de olhos, além do giro horizontal, vertical e lateral da cabeça ou até toques da mão diretos na tela do aparelho.

O Conversia transforma gestos como abrir e fechar boca, sorrir, fazer beijo, piscar olhos, dentre vários outros, em frases completadas rapidamente via inteligência artificial | Crédito: Reprodução/TiX.life

Esses movimentos são reconhecidos mesmo que a pessoa tenha baixa coordenação motora fina. Isso porque o aparelho se adapta a cada indivíduo e converte esses gestos em frases vocalizadas, redação de textos, navegação em aplicativos e até controle de jogos.

Ferramenta da startup Colibri permite controle de equipamentos

O Conversia também pode ser utilizado para controlar dispositivos inteligentes, como Smart TVs, lâmpadas e tomadas, usar aplicativos de forma acessível e até mesmo controlar outros aparelhos como computadores e celulares. Além disso, o aparelho conta com Inteligência Artificial (IA) avançada para acelerar a predição das frases escritas e para a criação e sugestão automática de cartões de comunicação alternativa baseadas no vocabulário do próprio utilizador.

Por fim, a startup mineira ressalta que o equipamento foi concebido para auxiliar pessoas com esclerose lateral amiotrófica ou com sequelas de AVC, paralisia cerebral, atrofia muscular Espinhal, lesão medular. E também pode ser usado para acometimentos como o autismo não verbal e outras situações que comprometam a oralização, como traqueostomias.

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