Como as segundas-feiras afetam a produtividade no trabalho

Popularmente, as segundas-feiras são consideradas um dia difícil pelos trabalhadores e isso pode impactar na produtividade. Além de uma crescente demanda por flexibilidade, o cenário do trabalho segue em constante evolução e discutir produtividade e tipificação é uma pauta recorrente para as organizações.

As temidas segundas-feiras são consideradas um desafio específico para a produtividade por 25% dos profissionais, que se sentem menos produtivos nesse dia. Apesar disso, a vontade de 61% dos trabalhadores é serem mais produtivos no emprego.

Os dados são de uma pesquisa da Deputy, consultoria norte-americana focada em produtividade. O levantamento, que oferece insights significativos sobre como o local e o momento do trabalho impactam na produtividade e no bem-estar dos profissionais, mostra ainda que 57% dos entrevistados gostariam que as segundas-feiras fossem parte do fim de semana e que 50% apontam níveis mais elevados de estresse nesse dia.

Manoel Messias é especialista em produtividade na Call Daniel, empresa de treinamento empresarial, e explica que a produtividade está diretamente relacionada ao controle e organização das demandas e responsabilidades. “Podemos perceber que, nas segundas-feiras, a maioria das pessoas são pegas de surpresa por uma falta de planejamento e organização das suas tarefas a fazer. Passando a maior parte do dia planejando as atividades e organizando a agenda. Sem um mapeamento das demandas diárias, que podem até mesmo ser atividades simples, ficamos com uma sensação no final do dia do que chamamos aqui de ‘laços abertos’, que são compromissos não concluídos”, afirma.

Flexibilidade pode ajudar na produtividade das segundas-feiras

A flexibilização pode ser uma alternativa para aliviar a pressão das segundas-feiras. Entre os profissionais que seguem em regime híbrido, 40% preferem cumprir o horário em casa no primeiro dia útil da semana. De acordo com levantamento da consultoria de software norte-americana B2B Reviews, 43% desses trabalhadores justificam a escolha do home office neste dia para equilibrar a vida pessoal e profissional, 31% faz a opção pela conveniência com as agendas pessoais e familiares, enquanto 34% diz querer evitar o estresse das segundas-feiras e 27% busca uma transição mais tranquila após o final de semana.

Apesar do impacto positivo do modelo híbrido de trabalho na melhoria da produtividade, Manoel Messias ressalta que é preciso que os colaboradores estejam preparados para administrar as atividades em home office. “Para acontecer uma transição suave do final de semana, os colaboradores devem ser submetidos a um treinamento que possibilite a manutenção de uma organização clara de suas tarefas e funções, pois sem esse controle se torna muito fácil perder prazos e entrar em um modo ‘bombeiro’, onde a sobrecarga domina e ficamos apagando incêndios o tempo todo”, diz.

Ele ressalta ainda a importância do treinamento desses colaboradores para gerenciar o tempo e as demandas de forma mais eficiente. “Os líderes que buscam aumentar a produtividade de seus colaboradores no início da semana podem indicar à sua equipe que tirem um momento nas sextas-feiras, para fazer um planejamento das atividades da semana seguinte. Esse planejamento permite que o colaborador administre as tarefas que não estão na agenda”, sugere o especialista.