Construções modulares ganham espaço no pós-pandemia

Previsibilidade de custos e prazo de entrega, sustentabilidade e projetos personalizados e customizáveis fazem parte da lista de atributos que têm levado as construções modulares a um crescimento invejável no pós-pandemia.
Fundada em 2017, a Opus, especializada em construções modulares à base de aço, acaba de ampliar a fábrica em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). A expectativa é triplicar a capacidade de produção nos próximos meses.
Para atender o crescimento da demanda, a empresa aumentou o quadro de funcionários em mais de 100% de janeiro a julho deste ano. Atualmente, são 337 colaboradores.
De acordo com a coordenadora de Desenvolvimento Humano da Opus, Silvia Bernardes, parte do aumento da capacidade de produção se deve à melhoria e automação dos processos, mas nada disso seria possível sem uma equipe altamente capacitada. Para enfrentar o desafio de crescer em meio a um cenário de escassez de mão de obra qualificada, ela lança mão de estratégias específicas.
“Temos a felicidade de trabalhar com um produto inovador, então, temos candidatos e colaboradores que são inovadores também. Implementamos um programa de indicação premiada. O colaborador que indica um candidato que seja selecionado ganha uma bonificação e assim a gente encurta a parte da cultura”, explica Silvia Bernardes.
Para selecionar os melhores candidatos, a Opus adota um processo de seleção minucioso. A análise curricular, entrevistas comportamentais conduzidas pelo departamento de Desenvolvimento Humano e entrevistas técnicas realizadas pelos gestores da área são as etapas fundamentais no recrutamento.

Para fortalecer a cultura organizacional foi lançada a Academia Opus, com o objetivo de treinar e desenvolver as competências dos colaboradores com programas de capacitação abrangentes e personalizados, cursos e workshops.
Mercado de construções modulares em alta
Levantamento realizado pela empresa indiana Markets and Markets, em 2020, projeta uma taxa de 5,75% de crescimento anual desse modelo construtivo até 2025. Neste mesmo estudo, o Brasil aparece ao lado da China e do Japão como os países com mais oportunidades para a construção modular se desenvolver.
Um dos motivos que colocaram o Brasil no topo dessa lista é o déficit habitacional do País, hoje em torno de 6 milhões de moradias. Outro fator importante é a demanda por construções eficientes e em prazos mais curtos.
Para dar conta da demanda, a Opus já planeja novos centros de montagem além dos dois instalados no estado do Pará.
“Durante a pandemia, o nosso mercado ganhou ainda mais visibilidade justamente porque a gente constrói dentro de casa, na nossa fábrica, sem ter o contato com o cliente e prestadores de serviços dele. Não somos uma construtora, somos uma indústria. O fator tempo é outro ponto fundamental. Construímos dentro do galpão e não sofremos com as intempéries, isso permite uma alta previsibilidade de prazos e custos”, completa a coordenadora de Desenvolvimento Humano da Opus.
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