Negócios

Correios reduzem as emissões de CO2

Signatários do Pacto Global – iniciativa desenvolvida com o objetivo de mobilizar a comunidade empresarial internacional sobre os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), promovidos pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2015 –, os Correios têm se empenhado fortemente sobre o tema da sustentabilidade. Atuante em todo o território nacional, a estatal tem conseguido sob o aspecto da responsabilidade ambiental – especialmente no esforço para a mitigação das emissões de gases de efeito estufa – resultados capazes de colocá-la em posição de destaque mundial. O 6º Inventário Corporativo da estatal, referente a 2017, registrou um volume de 393.091 toneladas de CO2 lançados, uma redução de 33% em comparação ao inventário realizado em 2014. O resultado demonstra o compromisso dos Correios com o Programa Global de Redução de Emissão de Carbono no Setor Postal, coordenado pela International Post Corporation (IPC). Em 2016, a empresa já havia superado a meta do programa prevista para ser alcançada somente em 2025, que determinava a redução das emissões em 20%. Com oito anos de antecedência, os Correios conseguiram diminuir a emissão de CO2 em 24,4%. De acordo com o gerente de Relacionamento com Organizações Internacionais dos Correios, Vantuyl Barbosa Júnior, os obstáculos impostos pelas dimensões continentais do Brasil são vencidos com informação e planejamento. “Temos uma presença que cobre todo o território nacional e mais de 100 mil empregados, então tudo o que fazemos tem um impacto muito grande. Para começar nossas ações entendemos que informação é fundamental. À medida que fomos estruturando as ações também organizamos a coleta de dados para que fosse possível alcançar e verificar os resultados desejados. Como instituição, não estamos isolados porque existe um esforço global do setor postal em busca de reduzir os impactos ambientais da nossa atividade. Como um dos maiores do mundo os Correios brasileiros não poderiam ficar de fora”, explica Barbosa Júnior. As ações ambientais da empresa começaram antes mesmo da entrada no programa da IPC, mas a metodologia desenvolvida pela instituição deu fôlego à iniciativa, sistematizando as ações que antes eram implementadas pelas regionais de forma autônoma. A incorporação da metodologia também criou parâmetros para a mensuração de resultados e propôs a realização de auditorias verificando e dando mais peso aos resultados alcançados. A partir dos bons resultados no pilar da responsabilidade ambiental, os demais – social e econômico – também ganharam força dentro dos Correios. “A cultura da sustentabilidade começou a ser disseminada ao longo da nossa cadeia produtiva. A gestão centralizada nos permitiu conhecer e corrigir discrepâncias entre as regionais, muitas vezes, com ações muito simples como, por exemplo, apagar as luzes assim que o expediente acaba e não esperar a ronda noturna pra fazer isso. Parece pouco, mas coisas assim ou como a eliminação dos copos descartáveis trazem alívio para todo o sistema”, pontua o gerente de Relacionamento com Organizações Internacionais dos Correios. Leia também: Tecnologia pode ajudar cadeirantes no mercado de trabalho Pontos críticos – Os dois pontos críticos, pela própria natureza dos negócios, atacados no intuito da diminuição dos lançamentos de gás carbônico foram o uso da energia elétrica e os transportes. Desde 2012, os Correios realizam anualmente o levantamento de processos como o uso de energia elétrica, da frota de veículos e deslocamento de empregados e viagens a trabalho para calcular a quantidade de gás carbônico emitida em suas operações. A redução nas emissões é resultado da melhoria de processos de gestão e gerou uma economia de quase R$ 30 milhões em apenas um ano. Em 2013, a empresa emitiu 537.910 toneladas de CO2. Esse volume foi reduzido em 9,73% em 2014, 10,59% em 2015, 24,4% em 2016, chegando ao resultado de 33% em 2017. “Aprovamos uma nova política de sustentabilidade agregando os pilares social e econômico. A sustentabilidade leva a uma melhoria de processos que, naturalmente, ajuda nas relações de custo e aparece positivamente nos resultados finais da empresa. Especialmente em um momento como esse não podemos abrir mão de mostrar o aspecto econômico das ações e que esse tipo de ação não necessariamente gera custos para a companhia”, afirma o gestor.
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