Edtech Tangram quer democratizar educação financeira no Brasil

“A educação financeira era a única forma de transformar minha realidade”. Foi a partir de uma necessidade pessoal que o mineiro Felipe Baldi, (29), se envolveu com o tema que resultou na idealização da edtech mineira Tangram. A marca surgiu com a proposta de transformar o mundo das finanças, a partir de conceitos simplificados.
A solução, conhecida como “duolingo das finanças”, está disponível para alunos do 4º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano Ensino Médio, além de uma versão para empresas, e consiste em um app com trilhas de aprendizado personalizadas para cada ano letivo. Entre os pilares de conhecimento, estão temas como: economia e finanças, inteligência emocional, empreendedorismo, educação fiscal e mercado de trabalho.
Atualmente, o aplicativo tem em sua rede empresas, escolas e organizações nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Ceará, Paraná, além do Distrito Federal. Em Minas, o Tangram possui contrato com a Secretaria de Educação em Nova Lima (RMBH) e atua em algumas escolas – públicas e particulares – de Belo Horizonte, como a Escola Estadual Cecilia Meireles e o Colégio Batista Atos.
“Acreditamos que a tecnologia tem o poder de democratizar a educação. Com o produto levamos a mesma base e analisamos trilhas diferenciadas de acordo com as particularidades do ensino.”
Felipe Baldi, idealizador da Tangram Educação Financeira

Recentemente, a edtech foi agraciada com o título de melhor solução digital em educação financeira do Brasil, conquistando o Prêmio XP, com mais de 390 mil votos. Além da conquista, a empresa vibra com os bons resultados obtidos em 2023. Baldi destaca a ausência de churn (taxa de cancelamento) durante o ano e está otimista com as expansões previsitas para 2024.
Entre as novidades, está a chegada do app ao Rio Grande do Sul, além da ampliação do número de alunos de 5 mil para 30 mil até o fim do próximo ano. Em relação às escolas, a expectativa é iniciar o ano com 50 (25 particulares e 25 públicas) e fechar o exercício com pelo menos 100 instituições de ensino parceiras.
Além disso, Baldi adianta que o aplicativo será reformulado e contará com uma versão web. A nova interface, segundo ele, será baseada no feedback de alunos e professores. “O app vai estar mais lúdico, com mais imagem, mais intuitivo, além de contar com metas diárias e novas funcionalidades, como os logins diários para recompensar usuários que entram diariamente no aplicativo”, acrescenta.
Outra novidade é o lançamento de uma olimpíada de educação financeira nacionalmente. “Atualmente procuramos patrocinadores para as olimpíadas, que serão gratuitas para escolas públicas”, diz.
“Adote uma escola pública”: iniciativa permite que empresas financiem projetos

Apesar da educação financeira ter se tornado obrigatória nos ensinos fundamental e médio desde 2020, as instituições enfrentam alguns desafios. Entre os principais, a falta de preparo de professores em atuarem com uma grade nova, além da linguagem complexa dos temas nos materiais de ensino.
Para o empresário, o cenário é um reflexo de que as soluções educacionais atuais foram projetadas com o aluno fora do centro de processo, algo que a edtech promete transformar. “Ao colocar o aluno no centro de aprendizagem, com mais autonomia e mais engajados, acredito que jovens e crianças podem ficar mais interessados. O interesse dos alunos e o engajamento é essencial para que aconteça o aprendizado”, pontua.
Uma das iniciativas adotadas pela Tangram para contribuir com a educação financeira é o programa: “Adote uma Escola”, pelo qual as empresas que possuem interesse em contribuir com a causa podem financiar a entrada do Tangram em uma escola pública nos estados em que a edtech atua. E ele garante que a empresa também faz sua parte: “A cada escola particular que entra, financiamos uma pública”, conclui o idealizador.
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