De olho em BH, Familhão de Luciano Huck visa crescimento e promete regionalizar benefícios
O Familhão, plataforma digital de sorteios e benefícios que vai além do famoso quadro de TV, está reforçando sua presença em Minas Gerais, um mercado estratégico que já é o terceiro maior em número de usuários para a empresa. A iniciativa, que tem entre seus fundadores e membros do conselho o apresentador Luciano Huck, mira aumentar a capilaridade e a recorrência dos mineiros, com planos futuros de regionalização dos benefícios.
Fundado em 2024, o Familhão é uma joint venture com propósito de conectar pessoas e marcas, gerando valor real para o brasileiro, especialmente para as classes B, C e D. “Ele surgiu para tentar ocupar esse espaço aí de fidelidade, benefícios na classe C”, explica o diretor de marketing do Familhão, Filipe Botton, ressaltando que, historicamente, clubes de fidelidade eram focados nas classes mais altas.
Clube de benefícios por R$ 20
Por apenas R$ 20 mensais, os usuários têm acesso a um pacote de vantagens que, segundo o diretor, busca garantir que o cliente obtenha um valor real, independentemente do sorteio. Os R$ 20 se transformam em 20 créditos para o “Minhas Recompensas”, uma espécie de marketplace com produtos de marcas como Polishop, Natura, Stanley e Cinemark.
Além disso, os assinantes recebem um cupom de desconto exclusivo que, idealmente, vale mais do que os seus R$ 20, como, por exemplo, um cupom de R$ 50 em uma farmácia para compras acima de R$ 150. E, claro, a chance de concorrer todo mês a um prêmio de R$ 1 milhão em barra de ouro.
“A gente precisa deixar claro que assim, não é só sobre R$ 1 milhão. Todo mundo que tá pagando há 12 meses, 18 meses, tem uma grana ali para resgatar e outra tá cheio de cupom, todo mês tem cupom novo. O R$1 milhão apaixona, mas quem segura mesmo são os benefícios”, explica Botton.
O sucesso inicial é notável: em pouco mais de um ano e meio, a empresa já alcançou o break-even (o ponto onde as receitas de uma empresa se igualam aos custos), com faturamento de R$ 262 milhões no primeiro ano. Os números incluem 16,2 milhões de pacotes vendidos, mais de 9 milhões de cadastros e 4,2 milhões de assinantes ativos em todo o país. Já foram distribuídos R$ 19 milhões em prêmios.
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Minas: mercado-chave e a busca pelo primeiro milionário
Minas Gerais é o terceiro estado no ranking de usuários do Familhão, atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro, representando 9% de toda a base, com 886 mil usuários registrados. Desses, 128 mil estão ativos, concorrendo mensalmente ao prêmio milionário. No entanto, há uma curiosidade: Minas Gerais ainda não teve nenhum ganhador do prêmio de R$ 1 milhão.
Regionalização para conquistar o mineiro
O próximo passo da plataforma é focar nos benefícios regionais, uma estratégia que, segundo o diretor de marketing, é crucial para o público mineiro. Atualmente, os benefícios concentram-se em grandes redes nacionais, mas o objetivo é começar a regionalizar as recompensas, adaptando o marketplace para incluir redes e franquias locais.
“O mineiro é bem bairrista. Gosta das suas redes, gosta das suas marcas. Então, um passo seguinte que a empresa deve tomar é justamente começar a regionalizar os benefícios, para que a gente tenha redes, franquias locais que possam servir de benefício, que se conectem com a população”, comenta Botton.
“Se eu tangibilizar através de um benefício muito genérico, isso talvez não ecoe, não ressoe aqui para o mineiro como ressoaria se eu trouxesse uma rede local, uma marca forte aqui”, pondera Botton.
A estratégia inicial, porém, é primeiro aumentar o conhecimento da marca por meio da comunicação de massa, para depois apresentar essas novidades mais específicas e regionais.
Educação financeira e impacto social
O Familhão também se compromete com o bem-estar financeiro dos sorteados, promovendo iniciativas de educação financeira e consumo consciente. Um diferencial da marca é o acompanhamento dos ganhadores do prêmio de R$ 1 milhão, que recebem consultoria da especialista Nathalia Arcuri e de uma consultora financeira por seis meses para garantir o uso adequado do dinheiro.
“Todos os milionários, os 19 milionários até hoje, nenhum deles se descapitalizou. Pelo contrário. Por quê? Toda vez que a gente faz a entrega do milhão, na semana seguinte a Nath Arcuri vai na casa das pessoas e pergunta: ‘Qual o teu sonho?’ Ah, meu sonho é esse. Tá bom, vamos realizar teu sonho e também garantir uma aposentadoria’. E ela vai lá organizar”, afirma o diretor.
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