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Faturamento das redes de supermercados mineiras sobe em 2023; conheça as maiores

As redes varejistas mineiras registraram um faturamento conjunto de R$ 68,365 bilhões no ano passado
Faturamento das redes de supermercados mineiras sobe em 2023; conheça as maiores
Foto: Reprodução do site do Supermercados BH

As redes de supermercados mineiras apresentaram um avanço de 23,91% no faturamento bruto total, passando de cerca de R$ 55 bilhões, em 2022, para R$ 68,365 bilhões no último exercício. É o que mostram os dados das duas últimas edições do Ranking Abras.

De acordo com o estudo realizado pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), em parceria com a NielsenIQ, esse desempenho das empresas de Minas Gerais reforça a posição do Estado como o segundo mais representativo no varejo supermercadista nacional, ficando atrás apenas de São Paulo. As companhias mineiras respondem por 11,3% do faturamento total do mercado brasileiro, de aproximadamente R$ 602,6 bilhões.

O presidente executivo da Associação Mineira de Supermercados (Amis), Antônio Claret Nametala, avalia o último ano como positivo para o setor em Minas, apesar das dificuldades. Dentre os principais desafios, ele destaca os altos custos, a dificuldade para contratar e a burocracia e legislações que dificultam a atuação das empresas nesse segmento.

Quanto aos fatores que contribuíram para o bom desempenho, não apenas das redes mineiras, mas do mercado local como um todo, Claret destaca a redução de custos e o foco em atendimento ao cliente em todos os canais de demanda e momentos de compra. “O cenário econômico – em especial o mercado de trabalho no Estado – também contribuiu”, completa.

Geração de empregos e novas lojas

O presidente da Amis também ressaltou que o Estado registrou índices de desemprego abaixo do que foi verificado no restante do Brasil ao longo do ano passado. “Fechamos o ano de 2023, em Minas Gerais, com 400.971 empregos diretos no setor, sendo mais de 7 mil postos só em novas lojas”, relata.

Ele ainda lembra que os supermercados são grandes geradores de empregos, sendo que 60% são de mão de obra composta por jovens, que têm no setor supermercadista sua primeira oportunidade formal de trabalho.

“São milhares de vagas abertas para contratação imediata e com enormes possibilidades de desenvolvimento de longa carreira no segmento. Temos muitos exemplos de profissionais que começaram como embaladores, repositores ou operadores de caixa e hoje ocupam cargos elevados nas empresas supermercadistas”, afirma.

A abertura de novas lojas no varejo supermercadista de Minas Gerais foi acima do esperado, conforme o executivo. “No início de 2023, projetávamos a abertura de 70 unidades. Ao final do ano, chegamos a 79 novas lojas”, relata.

Essa quantidade não inclui reformas, adaptações e trocas de bandeiras ou pequenas lojas em condomínios. Conforme Claret, o Estado encerrou o ano com 17.026 unidades supermercadistas.

Redes mineiras bilionárias

De acordo com os dados divulgados na última edição do Ranking Abras, Minas possui nove empresas entre as varejistas que registraram faturamento bruto superior a R$ 1 bilhão em 2023.

Dentre elas, o grande destaque fica para a rede Supermercados BH, por ser a única a superar a barreira dos R$ 10 bilhões de faturamento bruto no ano passado, com montante de R$ 17,388 bilhões. Isso representa um aumento de 24,1% na comparação com o observado em 2022.

Em seguida aparece a companhia formada pela rede mineira de atacarejo Mart Minas e pela fluminense Dom Atacadista, que fechou 2023 com um faturamento de R$ 9,434 bilhões bruto, 13,4% acima do registrado no ano anterior.

Outro destaque entre as companhias mineiras no último exercício foi o grupo DMA Distribuidora – proprietário das redes Epa Supermercados, Mineirão Atacarejo e Brasil Atacarejo –, com R$ 7,994 bilhões de faturamento bruto. Esse valor é 4,3% superior ao registrado em 2022.

As demais empresas que superaram a marca do R$ 1 bilhão de faturamento bruto em 2023, segundo estudo da Abras e NielsenIQ, foram: Grupo ABC (R$ 4,487 bilhões); Grupo Supernosso (R$ 4,142 bilhões); Bahamas (R$ 4,013 bilhões); Villefort (R$ 2,901 bilhões); Verdemar (R$ 1,323 bilhão) e Tonin (R$ 1,005 bilhão).

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