Fazendinha em Casa quer se tornar o “atacadão do campo”

Operando como um intermediário entre os produtores rurais e artesanais a comércios e pessoas físicas, a “Fazendinha em Casa”, uma agrifoodtech, espera fechar 2024 com um percentual de vendas 10 vezes maior e se tornar o que a cofundadora e CEO da Fazendinha em Casa, Cláudia Ligório, chama de “atacadão do campo”.
A empresa começou como um marketplace de produtos “da roça” e orgânicos e, após alguns investimentos e reformulações, ainda preserva a proposta de vender produtos diferenciados, típicos da zona rural. “O que a gente vende são aqueles produtos que normalmente você encontra em um empório que possuem alguma característica diferenciada. Seja pelo modo de trabalho artesanal, de origem rural ou por ser um produto mais saudável e de melhor qualidade, sem conservante e que não seja industrializado”, explica Cláudia Ligório.

Com mais de 2 mil itens do portfólio e cerca de 100 parceiros, a empresa, que nasceu em Belo Horizonte, está na fase de escalada e expansão de atuação territorial e do atual modelo de negócio. No site, a Fazendinha em Casa já consegue atender, só na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), 150 comércios – entre restaurantes e bares – com insumos desse gênero; em todo o País, já são 300 estabelecimentos comerciais trabalhando em parceria.
E é esse mercado que pretendem explorar cada vez mais nas novas cidades que estão chegando, explica a fundadora da agrifoodtech. “Nossa atuação é regionalizada, então, estamos conhecendo os mercados e chegando aos poucos, mas a ideia é virar um atacadão do campo mesmo. Pelo site ou pelo nosso aplicativo, os interessados já conseguem comprar nossos produtos”, diz. A Fazendinha em Casa atualmente opera no Distrito Federal, e nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Salvador, Porto Alegre e a cidade de Uberlândia.
Ela explica que o objetivo da empresa é facilitar o dia a dia do dono do bar ou restaurante que tem dificuldade em encontrar produtos artesanais pré-prontos, além de oferecerem um bom produto para o consumidor final, com o diferencial de ser um produto local, orgânico e sustentável. “A gente valoriza o pequeno produtor e facilita o fornecimento deste tipo de produto”, explica.
Comércio autônomo em condomínio é aposta para 2024
Em 2024, a expectativa é que a Fazendinha em Casa venda 10 vezes mais que o ano passado. Para isso, além de ampliar a venda direta para outras cidades e regiões, a empresa também quer crescer o segundo modelo de negócio em que atuam: a Fazendinha Fácil. São produtos vendidos em condomínios residenciais ou comerciais de forma autônoma, no modelo self-service.
“Atualmente contamos com 94 pontos de compras autônomas. Na cidade de Uberlândia estamos fazendo uma espécie de projeto-piloto para alavancar a escalada e tem rodado bem. Fizemos também uma parceria com uma indústria de ovos de galinha livres de gaiolas para nos fornecer um produto diferenciado”, revela a empresária.
Produtos orgânicos e sustentáveis sempre estiveram presentes no portfólio da empresa que atua desde 2017, mas na visão da empresária, a parceria com a Planalto Ovos abre novas oportunidades de negócios. “Eles não atuavam em Belo Horizonte e confiaram 100% em nós para começar no mercado. Ter eles com a gente abre portas para fazermos outras parcerias desse tipo porque chancela um trabalho que já fazíamos com outros produtores”, comenta.
Dentre os produtos mais vendidos em todos os canais de venda da empresa estão os ovos caipira e os produtos frescos como verduras, antepastos, queijos e doces, revela Claudia Ligório.
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